Polícia Penal do Ceará participa de operação que desarticula esquema de uso de drones para cometimento de crimes em presídios

19 de novembro de 2025 - 15:19 # #

Texto e fotos: Ascom SAP

Na manhã desta quarta-feira (19), foi deflagrada a Operação Escudo Aéreo, que desarticulou um esquema criminoso responsável por utilizar drones para transportar celulares, drogas e outros ilícitos para dentro de unidades prisionais do Ceará. A ofensiva foi organizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), a qual a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Ceará (SAP) faz parte, dentre outras forças de segurança, e reforça o papel estratégico da Polícia Penal no enfrentamento ao crime organizado, atuando de forma conjunta e integrada.

A operação cumpriu quatro mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara de Delitos de Organização Criminosa. Entre os presos estão dois pilotos de drones, um empresário ligado a um esquema de fraude e um interno da Unidade Prisional Professor José Jucá Neto (UP-Itaitinga 3), apontado como responsável por articular a entrada de ilícitos por meio dos equipamentos aéreos e por práticas fraudulentas. As buscas também alcançaram outros dois alvos ligados ao esquema.

O secretário da Administração Penitenciária e Ressocialização, Mauro Albuquerque, destacou o impacto da operação e o papel da Polícia Penal no enfrentamento às organizações criminosas. “Essa ação demonstra que o Governo do Ceará está atento, preparado e tecnicamente capaz de neutralizar qualquer tentativa de burlar o sistema prisional. A integração com as forças de segurança, somada ao trabalho de inteligência da Polícia Penal, é fundamental para impedir a atuação de facções e garantir a ordem dentro das unidades. Não há espaço para improviso: nosso compromisso é permanente com a disciplina, a segurança e o combate ao crime organizado”, afirma.

Mais de 50 agentes da Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Penal participaram da ação. A integração entre as instituições foi decisiva para o avanço das investigações, que identificaram uma organização criminosa estruturada para abastecer unidades prisionais utilizando veículos aéreos não tripulados como ferramenta para manter a comunicação externa de facções e ordenar crimes a partir do cárcere.

O resultado da operação reforça a importância da atuação da Polícia Penal em estratégias de monitoramento aéreo, uso de tecnologia e ações de inteligência, que têm sido fundamentais para neutralizar tentativas de entrada de ilícitos e fortalecer a segurança nas unidades prisionais. A atuação integrada também se mostra essencial para desarticular esquemas criminosos cada vez mais sofisticados dentro e fora do sistema penitenciário.

Trabalho contínuo

Os números registrados em 2025 demonstram o impacto direto da atuação da Polícia Penal no enfraquecimento das estruturas criminosas dentro do sistema penitenciário cearense. Ao longo do ano, foram apreendidos 1.316 smartwatches, 617 celulares analógicos, 416 smartphones, 23 drones e quatro pacotes com materiais ilícitos. No total, 2.376 apreensões foram contabilizadas, entre ações internas e externas.

No mesmo período, 532 ocorrências envolveram visitantes e custodiados. Dessas, 430 se referem à tentativa de entrada de materiais proibidos por visitantes, resultando em 391 conduções à delegacia e 39 prisões em flagrante. Entre os ilícitos recolhidos estão 14,4 kg de fumo, 12,9 kg de maconha, 3,3 kg de cocaína, além de comprimidos, drogas sintéticas e porções de haxixe.

Ficco

Além da SAP, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará é composta pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE), Polícia Militar do Ceará (PMCE), Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).