PESQUISA: 97,2% dos beneficiários das cozinhas Ceará Sem Fome se declaram satisfeitos com as refeições
20 de novembro de 2025 - 08:31 #beneficiários #Ceará sem Fome #pesquisa #satisfação
Euzi Bastos - Gabinete da primeira-dama - Texto
Larissa Morena - Gabinete da primeira-dama - Fotos

Pesquisa de satisfação foi realizada com beneficiários das cozinhas Ceará Sem Fome, do Cartão Ceará Sem Fome e com agentes populares de segurança alimentar
Uma pesquisa de satisfação realizada pela Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado (CGE) em parceria com o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) mostrou resultados positivos sobre o atendimento prestado pelo Programa Ceará Sem Fome, do Governo do Ceará. Entre os usuários das cozinhas solidárias, 97,2% afirmaram estar satisfeitos com as refeições recebidas diariamente. Já entre os beneficiários do Cartão Ceará Sem Fome, a aprovação foi unânime: 100% dos entrevistados declararam estar satisfeitos com o benefício.
O levantamento foi realizado presencialmente e por telefone e seguiu todas as etapas previstas pela Lei nº 13.460/2017, garantindo confiabilidade estatística aos dados. Além de medir a satisfação, a pesquisa também traçou o perfil social do público atendido, que é composto majoritariamente por mulheres, pessoas negras e famílias em situação de alta vulnerabilidade econômica.
Nas cozinhas, os índices revelam que a população aprova não apenas o alimento, mas todo o conjunto do serviço. A grande maioria destacou a qualidade, o frescor e a boa aparência das refeições, além do atendimento atencioso das equipes. Quase todos os entrevistados também afirmaram que nunca receberam alimentos impróprios, reforçando o compromisso do programa com segurança alimentar e manejo adequado das refeições. O serviço alcançou ainda um NPS (Net Promoter Score) de 91,88%, indicador considerado de excelência.
Outro ponto importante é que muitos beneficiários demonstraram interesse em participar dos cursos de qualificação ofertados pelo eixo Ceará Sem Fome +Qualificação e Renda. O dado reforça que o alimento é a porta de entrada, mas o desejo de autonomia também está presente, com grande procura por áreas como gastronomia, beleza e serviços.
No caso do Cartão Ceará Sem Fome, os resultados também apontam avanços significativos. A maior parte das famílias usa o crédito para adquirir alimentos essenciais e relatou melhoria imediata na alimentação e na organização financeira da casa. Além disso, a grande maioria afirmou não ter dificuldades no uso do cartão nos estabelecimentos credenciados e destacou a importância do benefício para complementar a renda mensal. O serviço obteve NPS de 96,39%, também na faixa de excelência.

A pesquisa reforça o impacto do Ceará Sem Fome na vida de milhares de cearenses e evidencia a confiança da população no programa. Os dados mostram que o atendimento emergencial, seja por meio das cozinhas ou do cartão, segue sendo uma política pública essencial, com avaliação elevada tanto pela qualidade do serviço quanto pela transformação gerada no cotidiano das famílias.
Para o secretário da Controladoria e Ouvidoria Geral, Aloísio Carvalho, “ouvir a população é essencial para aprimorar as políticas públicas e garantir que cada cidadão receba o cuidado e a dignidade que merece”.
A primeira-dama e presidente do Comitê Intersetorial de Governança do Ceará Sem Fome, Lia de Freitas, acredita que a pesquisa serve também para agregar dados importantes para tomada de decisões do programa junto ao órgão colegiado. “A pesquisa realizada pela Controladoria nos dá informações para que nós possamos consolidar ainda mais esse trabalho, deixar ele cada vez mais otimizado e mais focalizado nas pessoas. Nós vemos esse dado com extrema importância, inclusive significa um grande passo para que o programa seja inserido num grande observatório do Ceará Sem Fome, trazendo todos os seus eixos. E nós olhamos principalmente para o percentual daqueles que dizem que alguma coisa não está boa para que possamos trabalhar cada vez mais”, afirmou.
Escuta qualificada das agentes populares

A pesquisa também incluiu uma escuta qualificada com as agentes populares de segurança alimentar das unidades sociais produtoras de refeições. Mulheres que, todos os dias, transformam alimento em acolhimento.
Nos relatos, elas destacam que o trabalho vai muito além da panela. “O que me marca até hoje é ajudar o próximo. Ver as pessoas sorrindo por ter uma comida. Tem mãe que chega com criança perguntando se tem vaga e, quando não tem, isso parte o coração. Principalmente criança com fome”, contou
As festividades realizadas nas cozinhas também deixam lembranças profundas: “É muito emocionante. Quentinha para todo mundo, presente para as crianças, cardápio especial… Teve uma mãe que disse que o filho nunca tinha recebido um presente daquele”.
Para muitas, o início da cozinha marcou uma virada na comunidade. “O primeiro dia foi muito emocionante. Antes, a gente só conseguia cozinhar com doações. Com o Ceará Sem Fome, o alimento é certo. Me sinto feliz cozinhando para muita gente”, relatou outra agente. Elas também ressaltam o orgulho de ver o trabalho reconhecido: “É marcante quando recebemos visitas importantes ou quando somos homenageadas. É muito bom ouvir que a comida é boa”.
Programa Ceará Sem Fome

O Ceará Sem Fome é um programa permanente do Governo do Ceará voltado ao combate à fome e à promoção da segurança alimentar no estado. A iniciativa atua em três frentes emergenciais: o Cartão Ceará Sem Fome, no valor de R$ 300, que beneficia mais de 47 mil famílias; uma rede com mais de 1.300 cozinhas sociais, responsáveis por servir mais de 130 mil refeições diariamente; e campanhas solidárias que já arrecadaram mais de 500 toneladas de alimentos em grandes eventos.
Em junho de 2024, o Governo do Estado lançou o eixo Ceará Sem Fome +Qualificação e Renda, que tem como objetivo criar oportunidades de autonomia econômica e social para beneficiários e voluntários do programa. A estratégia integra qualificação profissional, inserção no mercado de trabalho, empreendedorismo e crédito produtivo orientado, valorizando os saberes locais, fortalecendo o protagonismo comunitário e incentivando alternativas sustentáveis de geração de renda.