Novembro azul: diagnóstico precoce do câncer de próstata aumenta chances de cura
24 de novembro de 2025 - 16:32 #câncer de próstata #chances de cura #diagnóstico precoce #Novembro Azul
Joelton Barboza - Ascom HRJV - Texto e fotos
Júlio Lopes - Arte gráfica


Novembro é o mês de conscientização sobre o câncer de próstata, que tem a cor azul como símbolo da campanha. O Hospital Regional Vale do Jaguaribe (HRVJ), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), em Limoeiro do Norte, realiza atendimentos oncológicos para o tratamento da neoplasia.
O agricultor Erisnaldo Conrado (foto), de 58 anos, teve a doença, foi atendido na unidade e recebeu alta do tratamento. Atualmente, ele realiza acompanhamentos de rotina. Ele conta que descobriu o problema no início, por meio de exames de rotina, e precisou fazer radioterapia e hormonioterapia por seis meses.
“Eu fui fazer um exame de rotina e descobri que o meu PSA estava elevado, então procurei um médico e descobri aqui no HRVJ que estava com começo de câncer de próstata. O meu contato aqui foi coisa de primeiro mundo e eu só tenho a agradecer”, explica.
Hoje, ele relata estar bem com os níveis controlados de PSA, em remissão da doença. Agora, aconselha outros homens. “Eu tenho um amigo que diz que não vai fazer o exame com medo do resultado. Mas, se fizer e descobrir, é só procurar o SUS, que tem jeito. Eu digo: se cuide, que a vida é importantíssima”, destaca.
O médico oncologista clínico do HRVJ, Alysson Bastos, conta que a importância de se fazer exames indicados por profissionais de saúde regularmente, é poder diagnosticar a doença em uma fase inicial.

“Fontes citam até mais de 90% de chances de cura. No caso do seu Erisnaldo, por exemplo, ele teve o diagnóstico da doença em uma fase inicial. Felizmente não tinha queixas e foi descoberto em exames de rastreio pelo PSA e toque retal”, ressalta. O médico explica ainda que existem muitos mitos em relação ao exame de toque retal. “Existe um imaginário sobre esse exame, mas ele não incomoda, é rápido e muito simples de ser feito”, afirma.
Fatores de risco
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), entre os fatores de risco, a idade é um indicador importante, uma vez que tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 60 anos. Podem existir tanto fatores genéticos (hereditários) quanto hábitos relacionados ao estilo de vida de risco de algumas famílias.
Os fumantes, por exemplo, têm um risco aumentado de morte por câncer de próstata. Exposições a produtos tóxicos (comuns nas indústrias química, mecânica e de transformação de alumínio), arsênio (usado como conservante de madeira e como agrotóxico), produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), fuligem e dioxinas também são fatores apontados como causadores da doença.