Museu da Imagem e do Som abre nova exposição fotográfica inédita

25 de novembro de 2025 - 12:55 # # # #

Ascom MIS - Texto
Divulgação - Fotos

A programação da semana prevê ainda fala aberta, desfile e roda de capoeira

O Museu da Imagem e do Som do Ceará realiza nesta semana uma programação diversa, com abertura da exposição fotográfica inédita “Turbilhão”, fala aberta, desfile e roda de capoeira. Já a Galeria da Liberdade, espaço que integra o conjunto arquitetônico do Palácio da Abolição e é gerida pelo MIS, recebe a exposição “…e se não for agora, um dia será…”. Toda a programação é gratuita. O MIS integra a Rede Pública de Equipamentos Culturais (Rece) do Governo do Ceará, vinculada à Secretaria da Cultura, com gestão parceira do Instituto Mirante.

Abertura da exposição “Turbilhão”

Neste sábado (29), o MIS inaugura às 17h, no andar +2 do Anexo, a exposição inédita “Turbilhão”, que reúne fotografias de artistas brasileiros dos anos 1950 e 1960. As imagens estavam guardadas no acervo da Sociedade Francesa de Fotografia e foram descobertas pelo pesquisador brasileiro Lucas Menezes, que assina a curadoria da mostra.

Integrando a programação da Temporada França-Brasil 2025, a exposição Turbilhão é resultado da pesquisa de doutorado do curador Lucas Menezes no país europeu. A coleção revela a diversidade estética e técnica que marcou a fotografia brasileira no pós-guerra: cenas do cotidiano, paisagens rurais e urbanas, imagens abstratas e experimentações modernas. São 47 fotografias de 30 fotógrafos brasileiros. Entre eles, alguns ganharam reconhecimento nas últimas décadas e são hoje reconhecidos como os principais expoentes da fotografia brasileira da época, tais como Chico Albuquerque, Geraldo de Barros, Thomaz Farkas, Nelson Korjanski, Gaspar Gasparian, Eduardo Salvatore, José Yalenti, Marcel Giró, José Oiticica Filho, entre outros.

Fala aberta “Pacto Nanasístico da Pretitude e o Sistema das Artes Visuais: Afetos, Estéticas e Poder” com Renata Felinto

Também no sábado (29), das 15h às 17h, acontece no auditório a fala aberta “Pacto Nanasístico da Pretitude e o Sistema das Artes Visuais: Afetos, Estéticas e Poder” com Renata Felinto. A aula propõe refletir sobre as articulações entre o Pacto Nanasístico da Pretitude — conceito que invoca a ancestralidade de Nanã como matriz ética e estética — e os modos de funcionamento do sistema das artes visuais no Brasil e em diálogo com experiências afro-diaspóricas. Partindo da crítica ao pacto narcísico da branquitude, será debatido como artistas, curadoras/es, pesquisadoras/es e comunidades negras têm forjado estratégias de resistência e invenção de mundos por meio de práticas artísticas, curatoriais e educativas. O encontro pretende ainda discutir os limites e possibilidades de inserção de corpos e saberes negros nas instituições de arte, considerando dimensões como representação, colonialidade, afeto, memória e justiça racial. Nesse sentido, o Pacto Nanasístico da Pretitude se afirma como uma perspectiva que reposiciona o olhar sobre a produção visual, convocando o sistema das artes a reconhecer práticas baseadas na coletividade, no cuidado e na escuta dos ancestrais. A classificação indicativa é 18 anos.

Renata Felinto é artista visual, pesquisadora e professora. É bacharel, mestra e doutora em Artes Visuais pela UNESP, com especialização em Curadoria e Educação em Museus de Arte pelo MAC/USP. Realizou pós-doutorado como artista residente na University of Pennsylvania (EUA). É professora adjunta na Universidade Regional do Cariri (URCA/CE), atuando também no Mestrado Profissional em Artes. Lidera o grupo de pesquisa NZINGA (CNPq) e coordenou o curso de Artes Visuais da URCA por duas gestões. Curadora da 15ª Bienal Naïfs do Brasil, recebeu o Prêmio Miguel Arcanjo de Cultura (2021). Expôs em instituições como CCSP, MAR, CCBB, SESC, Kunstmuseum Wolfsburg e MASP. Participou da 12ª Bienal do Mercosul e das exposições Histórias Afro-Atlânticas, Dos Brasis e Enciclopédia Negra. Recebeu os prêmios PIPA, Select e Salão Anapolino (2020).

Desfile Brecha Baile

O sábado (29) traz ainda, das 16h às 19h30, o Desfile Brecha Baile, na praça do MIS. O evento surge como uma brecha no sistema elitista da moda para visibilizar estilistas emergentes, independentes e periféricos que criam com originalidade, inventividade e identidade. São artistas do vestir que transformam materiais, histórias e territórios em roupas que contam narrativas vivas, urgentes e plurais.

Vem Vadiar no Museu: Roda de capoeira com Mestre Urso Preto

No domingo (30), das 16h às 17h30, acontece na praça do MIS o Vem Vadiar no Museu, a roda de capoeira conduzida por Mestre Urso Preto, do território do Campo do América. A roda acontece no último domingo de cada mês e convida a todos para gingar, brincar e celebrar a preservação desta rica herança cultural.

Pensando no papel que os museus possuem de salvaguardar as memórias e patrimônios culturais, materiais e imateriais na nossa sociedade, como uma ferramenta de mediação dessas atividades, o MIS acolhe e incentiva a manifestação da capoeira com uma roda aberta ao público, onde todos podem participar.

Sala imersiva, exposições e biblioteca

Nesta semana, a sala imersiva (andar -2 do Anexo) exibirá “Aves do Ceará”, “Fósseis do Cariri” e mais quatro obras de artistas negros que foram produzidas por meio do Edital Ocupa MIS: “RmX Diáspora” (2023), de Uirá dos Reis, “Fortaleza Utopia Ancestral” (2023), de Rafael Mourão, “SYTYA” (2023), de Trojany, e “Simbiose Florestal” (2024), de Ruído Preto. O MIS segue ainda com as exposições físicas “Imaginar os Cearás: memórias e tecnologias” (andar -1) e “Laboratório dos Sentidos” (Casarão).

O MIS funciona de quarta a domingo, com horários diferenciados: quartas, quintas e domingos, das 10h às 18h (acesso até 17h30), e sextas e sábados, das 13h às 20h (acesso até 19h30). A biblioteca Marly Mariano & Thomaz Farkas (andar +1 do Anexo) funciona de quarta a sexta-feira, das 13h às 18h.

Já a Galeria da Liberdade, que tem atualmente em cartaz a exposição “…e se não for agora, um dia será…”, com curadoria do coletivo Aparecidos Políticos, funciona de quarta a sábado, com horários diferenciados: quartas e quintas, das 10h às 18h (acesso até 17h30), e sextas e sábados, das 13h às 20h (acesso até 19h30).

SERVIÇO

MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DO CEARÁ

Endereço: Av. Barão de Studart, 410. Meireles.

Entrada: gratuita.

 

– Abertura da exposição “Turbilhão”

Data: 29 de novembro (sábado)

Horário: 17h

Local: Andar +2 do Anexo

Classificação indicativa: Livre

 

– Fala aberta “Pacto Nanasístico da Pretitude e o Sistema das Artes Visuais: Afetos, Estéticas e Poder” com Renata Felinto

Data: 29 de novembro (sábado)

Horário: 15h às 17h

Local: Auditório

Classificação indicativa: 18 anos.

 

– Desfile Brecha Baile

Data: 29 de novembro (sábado)

Horário: 16h às 19h30

Local: Praça do MIS

 

– Vem Vadiar no Museu: Roda de capoeira com Mestre Urso Preto

Data: 30 de novembro (domingo)

Horário: 16h às 17h30

Local: Praça do MIS