Posição estratégica de Fortaleza como de hub digital garantiu instalação de relógio atômico de césio na Etice
3 de dezembro de 2025 - 16:07 #Fortaleza #Hub digital #Posição estratégica #Relógio atômico de césio
Ascom Etice - Texto
A escolha da capital cearense para receber um relógio atômico de césio do Observatório Nacional (ON) no datacenter da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), reforça seu papel como um dos principais pólos de conectividade do Brasil. A decisão se deve à infraestrutura de alto desempenho da cidade, que inclui o IX.br Fortaleza, segundo maior Ponto de Troca de Tráfego (IXP) do país e um dos dez maiores do mundo.
Por que Fortaleza?
A instalação do relógio atômico no Ceará está diretamente ligada à alta capacidade de tráfego e baixa latência da região. O IX.br Fortaleza registra picos de 6 Terabits por segundo (Tbps), volume comparável ao de países inteiros, e interliga 13 datacenters, além de conectar 90% dos Sistemas Autônomos (AS) brasileiros – redes que compõem a espinha dorsal da internet no país.
Além disso, Fortaleza é ponto de aterrissagem de 16 cabos submarinos, tornando-a uma porta de entrada estratégica para o tráfego internacional. Essa infraestrutura permite que o sinal do relógio atômico – essencial para sincronizar redes de telecomunicações, transações financeiras e sistemas de navegação – seja distribuído com máxima precisão e mínima latência.
Precisão e soberania nacional
O relógio de césio, que garante o Tempo Universal Coordenado do Brasil (UTC-BR), terá um erro inferior a 1 nanossegundo por dia, superando a precisão do GPS. Sua localização no datacenter da Etice, uma infraestrutura pública segura e estável, assegura energia ininterrupta e controle ambiental, fundamentais para o funcionamento do equipamento.
A iniciativa integra o Projeto Tempo Brasil, do ON e do NIC.br, e fortalece a soberania digital do país, reduzindo a dependência de sistemas estrangeiros. O serviço será disponibilizado gratuitamente via NTP.br (Network Time Protocol), beneficiando desde operadoras de telecomunicações até instituições financeiras.
Impacto nacional
Com a instalação, Fortaleza consolida-se não apenas como um hub de dados, mas como um centro de precisão temporal vital para a economia digital brasileira. A medida deve impulsionar setores como 5G, transações em tempo real (como o PIX) e certificação digital, garantindo maior segurança e eficiência para a infraestrutura crítica do país.
A escolha por Fortaleza reflete sua capacidade técnica única no Brasil, alinhando alta conectividade com a necessidade de precisão absoluta – um passo estratégico para o futuro digital do país. A Etice se firma como referência da Internet brasileira com seu datacenter ao desempenhar um papel fundamental na infraestrutura digital de Fortaleza, atuando como um hub estratégico para o tráfego de dados no Ceará.
Como responsável pela gestão da infraestrutura tecnológica do governo estadual, a empresa não apenas garante a conectividade entre órgãos públicos, mas também fortalece a integração com redes nacionais e internacionais. No tráfego da internet no Ceará, o datacenter da Etice se destaca como um dos principais pontos de troca de dados, evidenciando sua capacidade de processar e distribuir grandes volumes de informações. Isso a posiciona como um elo crítico entre a rede estadual e os cabos submarinos, como os operados pelo datacenters, consolidando Fortaleza como um polo digital relevante no Nordeste.
Além disso, a parceria entre a Etice e a RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa) amplia o impacto dessa infraestrutura, especialmente no âmbito acadêmico-científico. Enquanto a ETICE garante a robustez da rede local, a RNP conecta instituições de ensino e pesquisa a uma rede de alta capacidade, de modo a facilitar a colaboração entre universidades e centros de inovação.
Essa sinergia não só otimiza o tráfego de dados, como também impulsiona projetos de pesquisa, educação e desenvolvimento tecnológico no estado. Juntas, Etice e RNP formam uma base essencial para o ecossistema digital de Fortaleza, ao alinhar demandas governamentais, acadêmicas e empresariais em uma infraestrutura compartilhada e eficiente.
