HGF atende cerca de 150 novos pacientes por semana com hipotireoidismo

16 de fevereiro de 2011 - 13:20

O Serviço de Endocrinologia do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), atende a cada semana, cerca de 150 pacientes com hipotireoidismo. Segundo a chefe do setor, a médica endocrinologista Tânia Bulcão, são casos com complicações onde o atendimento na rede básica se tornou insuficiente. O atendimento é realizado às segundas, quartas, quintas e sextas-feiras.

 

A médica Tânia Bulcão explica que as complicações no paciente com hipotireoidismo podem ter como causa diversos fatores, como a diabetes, tumores hipofisários, câncer de tireoide, e outras doenças auto-imunes. Nesses casos, os pacientes precisam ser acompanhados mais de perto por um especialista, com consultas semestrais. Ela esclarece ainda que nos casos primários (sem complicações), é possível com o tratamento levar uma vida normal. É o caso da assistente administrativa Daniele Queiroz. Ela teve a doença diagnosticada há cerca de um ano, quando sentiu que andava muito cansada e ganhou 5 Kg sem uma causa aparente. Desde abril de 2010 ela faz tratamento com exames de sangue a cada seis meses e medicação diária para controlar o nível do hormônio que o seu organismo já não produz como deveria. Hoje, Daniele consegue levar uma vida normal. Está grávida de 6 semanas e não descuida. Antes de procurar uma obstetra, ela está ainda mais próxima do endocrinologista. Os exames de sangue agora são mensais e a dosagem do medicamento foi aumentada.

 

O que é a tireóide

 

Com forma parecida com a de uma borboleta, a glândula tireoide é localizada na parte anterior do pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão. Reguladora da função de importantes órgãos como o coração, o cérebro, o fígado e os rins, ela produz os hormônios T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina).


Hipoteoidismo e Hipertireoidismo

 

Quando a tireoide não funciona de maneira correta, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente, causando o hipotireoidismo, ou em excesso, ocasionando o hipertireoidismo. Nessas duas situações, o volume da glândula pode aumentar, o que é conhecido como bócio. A tireoide atua no crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes, no peso, na memória, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, na concentração, no humor e no controle emocional.

 

Quando ocorre o hipotireoidismo, o coração bate mais devagar, o intestino não funciona corretamente e o crescimento pode ficar comprometido. Diminuição da memória, cansaço excessivo, dores musculares e articulares, sonolência, aumento dos níveis de colesterol no sangue, ganho de peso e depressão também são sintomas de hipotireoidismo.

 

No caso de hipertireoidismo, os sintomas são inversos. Em geral, há emagrecimento, o coração dispara, o intestino solta, a pessoa fica agitada, fala demais, gesticula muito, dorme pouco, sente-se com muita energia, embora também esteja cansada.

 

Em recém-nascidos, o hipotireoidismo pode ser diagnosticado através da triagem neonatal, pelo “Teste do Pezinho”. Cerca de um a cada 4 mil recém-nascidos possuem hipotireoidismo congênito. Em adultos, na maioria das vezes, o hipotireoidismo é causado por uma inflamação.

 

O tratamento do hipotireoidismo é feito com o uso diário de levotiroxina, na quantidade prescrita pelo médico. Se estiver usando a medicação regularmente, e dessa forma mantendo os níveis de TSH dentro dos valores normais, quem tem hipotireoidismo pode levar uma vida saudável.

 

16.02.2011

Assessoria de Imprensa do HGF

Gilda Barroso (gildabarroso@gmail.com / 85 3101.7086)