Artesanato cearense presente na 15ª Fiaflora, que acontece em São Paulo

8 de outubro de 2012 - 17:19

Fortalecer o artesanato cearense, criando oportunidades de divulgação e comercialização é a  missão da Central de Artesanato do Ceará-Ceart  dentro do Programa Estadual de Desenvolvimento do Artesanato e Economia Solidária. Assim, a cada ano, a Central cria oportunidades para os artesãos cearenses apresentarem suas peças ao público do Estado e de outros centros, viabilizando a sua participação em diversas feiras e eventos nacionais e internacionais.

 

Neste ano de 2012 a Ceart abriu mais uma frente nesse trabalho com a participação na 15ª Fiaflora Expogarden – Feira Internacional de Negócios de Paisagismo, Jardinagem, Lazer e Floricultura, que acontece até o dia 9 de outubro, no Anhembi, São Paulo.

 

A Fiaflora é a principal Feira de Negócios, Tendências e Lançamentos de Produtos do Setor na América Latina e o Ceará participa pela primeira vez e já conquistou um espaço privilegiado dentro da Feira. Além da exposição de trabalhos nas mais diversas tipologias, dois artesãos estarão  confeccionando peças ao vivo, apresentando aos visitantes da Feira uma mostra do talento, criatividade e organização do artesanato no Estado. Rosemeire Pereira da Silva, 41 (Argila), e Francisco Ciríaco Matias, 40 (Fibra Vegetal) estarão representando o município de Cascavel, distante 50 km da Capital.

 

Cerâmica

 

Rosemeire começou a lidar com o barro ainda muito criança, acompanhando a mãe e a avó, que lhe repassaram dom artístico de transformar barro em peças preciosas utilitárias e decorativas. “Enquanto elas trabalhavam, eu riscava e fazia bonequinhos com as sobras da argila que elas usavam para fazer os potes. Aprendi cedo e brincando, desde que nasceram meus dentes, diz Rosemeire. Hoje, com a ajuda do marido o também artesão Raimundo Paulo, responsável pelo acabamento no forno, suas peças são destaque em todo o Ceará, em outros estados e até no exterior.

 

A argila utilizada para a confecção das peças é feita com barro preto transformado em areia bem fina, que é misturada com água resultando numa massa grossa e cinzenta. Após 5 horas parada, sua consistência é maleável e a artesão amassa com as próprias mãos, formando cordões espessos, utilizados para dar forma às peças. Depois de 5 a 7 dias de secagem, dependendo do clima, a peça vai ao forno para finalização.

 

Fibra Vegetal (cipó)

 

A fibra vegetal é uma raiz que se desenvolve junto ao tronco das árvores, acompanhando o seu crescimento. Depois de colhida, é colocado no sol para murchar e possibilitar o manuseio. Depois desses processos, o cipó se revela em três cores, preta, vermelha e branca.

 

Francisco Ciríaco Matias começou a trabalhar com ele quando tinha 7 anos. “ O melhor cipó para se trabalhar é o que é colhido no primeiro dia de lua cheia, como se faz com a madeira. Ele fica mais flexível e com uma cor mais consistente, diz o artesão que com outros amigos forma uma pequena cooperativa no município de Cascavel.

 

Além de se manter fiel à cultura dos antigos artesãos, Francisco Ciríaco procura estar atualizado com as tendências do mercado, participando sempre de oficinas de designers e acabamento para a produção, divulgação e comercialização das peças confeccionados pelo grupo.

 

08.10.2012

Assessoria de Imprensa da STDS

Vólia Rocha (85 8728.0360)