Programa AridasLAC é lançado com adesão de 22 países

29 de agosto de 2013 - 17:32

As terras secas ocupam 25% da superfície da América Latina, atingindo cerca de 125 milhões de pessoas. As previsões para os próximos anos não são favoráveis. A perspectiva é de que os problemas de água e de degradação de terras aumentem como consequência do crescimento populacional, do uso do solo não sustentável e das ameaças das mudanças climáticas. Para contribuir com a mitigação dos efeitos da seca, representantes de 17 instituições de 22 países da América Latina, do Caribe e da Europa assinaram, na noite do dia 28 de agosto, declaração de intenção visando o desenvolvimento do Programa AridasLAC, iniciativa que busca fortalecer o conhecimento científico e técnico das terras secas e seus ecossistemas na região. O lançamento do AridasLAC ocorreu durante a abertura da “1ª Conferência Cientifica ILACCT – O Valor das Terras Secas”, que acontece em Sobral-CE até 30 de agosto. A Iniciativa Latinoamericana e Caribenha de Ciência e Tecnologia para o Combate à Desertificação (ILACCT) é uma realização da Prefeitura de Sobral e do Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), com organização do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

 

O Programa contempla uma rede de produção de conhecimento sistematizada que irá servir de subsídio para a tomada de decisões nos 22 países participantes da Conferência. A ideia é promover e difundir políticas, planos, programas e práticas eficazes e eficientes para o manejo sustentável das terras secas na América Latina e no Caribe. Os impactos da desertificação vão além das questões climáticas e podem trazer sérios problemas econômicos e sociais como a perda de áreas agricultáveis, o aumento pobreza, problemas de saúde e de segurança alimentar. Apesar dos esforços, poucos são os países que contam com experiências em gestão sustentável dos recursos naturais em zonas secas, com iniciativas para combater a pobreza rural e desertificação de forma integrada.

 

“O papel da investigação científica, da inovação tecnológica e da difusão dos saberes tradicionais em zonas áridas é fundamental para alimentar o processo de desenho das políticas públicas para a gestão sustentável das terras secas e seus recursos naturais, assim como para alcançar maiores níveis de eficácia no combate à desertificação e à mitigação dos efeitos da seca”, destaca o chileno Guillermo Dascal, da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal).
O documento foi assinado pelo Ministério da Integracao Nacional, Conicet (Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas da Argentina), Ministério do Ambiente (Peru), UNCCD – Convenção das Nações Unidas de Luta Contra a Desertificação; Cepal – Comissão Econômica para América Latina e o Caribe; IRD – Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (França), Ministério das Relações Exteriores (França); ANA – Agência Nacional das Aguas; CGEE – Centro de Gestão e Estudos Estratégicos do Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação, Secretaria da Ciencia, Tecnologia e Educacao Superior do Estado do Ceará, UVA – Universidade Estadual Vale do Acaraú e Prefeitura de Sobral. A carta é aberta a outras instituições e países interessados.

 

29.08.2013

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