Triagem para cirurgias de lábio leporino ocorre próximo dia 28 no Hospital Albert Sabin

23 de outubro de 2015 - 19:26

A família de Milena Vitória Marinho Inhamuns, de apenas um ano, está na torcida para que a menina seja aprovada na triagem da Operação Sorriso a ser realizada no dia 28 de outubro, no Hospital Infantil Albert Sabin, da rede pública do Governo do Estado. “É só mesmo para ela ficar mais linda”, disse a avó da menina, Francisca Cláudia Diniz, que cuida de Milena desde que ela tinha 15 dias de vida.

 

Milena, assim como muitas outras crianças que vão participar da triagem da Operação Sorriso, tem fissura palatal e lábio leporino. A avó, deixou o emprego e se dedica a cuidar exclusivamente da neta. “A cirurgia dela já foi marcada uma vez no Hospital Albert Sabin, só que ela estava gripada e mandaram eu retornar para a doutora”, conta a avó, que no dia 22 de outubro estava no hospital para uma nova consulta.  

 

O Hospital Albert Sabin realiza, no dia 28 de outubro, a triagem de crianças e adolescentes com fissura palatal e lábio leporino que serão atendidos pela Operação Sorriso 2015, com 65 vagas para cirurgias de correção, a serem realizadas de 30 de outubro a 2 de novembro. Cerca de 60 profissionais de oito especialidades da área da saúde são voluntários na Operação Sorriso: cirurgia plástica, pediatria, anestesiologia, enfermagem, odontologia, fonoaudiologia, psicologia e genética.

 

Para participar da seleção para atendimento pela Operação Sorriso não é necessário realizar inscrição prévia, basta comparecer ao ambulatório do hospital, no prédio Vânia Abreu, Rua Tertuliano Sales, 544, esquina com Rua Francisco Lorda, bairro Vila União, em Fortaleza, a partir das 8 horas, e apresentar hemograma completo do paciente e documentos de identificação do paciente e também do responsável. Aqueles que vêm do interior do Ceará e não têm onde ficar em Fortaleza, a Casa de Apoio Lar Amigos de Jesus oferece hospedagem e alimentação para paciente e um acompanhante. O benefício deve ser solicitado no momento da inscrição.

 

Também no dia 28 de outubro, os voluntários da Operação Sorriso realizarão a avaliação pós-operatória dos 84 pacientes que fizeram a cirurgia para correção da fissura labiopalatal na missão humanitária ocorrida em setembro do ano passado.

 

 

Assistência especializada

 

Referência para todo o Estado do Ceará, o Hospital Infantil Albert Sabin promove há 20 anos a reabilitação de crianças e adolescentes com fissuras labiopalatais, mais conhecidas como lábios leporinos. A Operação Sorriso é um reforço ao serviço realizado pelo Núcleo de Atendimento Integrado ao Fissurado (Naif) do hospital. Na odontologia, os lábios leporinos são considerados o quarto problema de saúde pública. Ficam atrás apenas das cáries, das doenças periodontais (inflamações na gengiva) e das maloclusões (desvio dos dentes).

 

Para dar mais segurança e ajudar na organização das informações dos pacientes, a Operação Sorriso usará este ano e pela primeira vez no Brasil um sistema de prontuários médicos eletrônicos. Em Fortaleza, a Operação Sorriso acontece desde 1997, no Hospital Infantil Albert Sabin, e completa em 2015 a 20ª missão humanitária. Nesse período atendeu 3.165 pessoas, realizou mais de 32 mil consultas e operou 1.808 pacientes, com 2.300 procedimentos cirúrgicos realizados. No ano passado, foram atendidas 185 pessoas e 146 cirurgias foram realizadas.

 

 

Fissura labiopalatal

 

Lábio leporino é uma fenda, abertura, no lábio superior. Há vários graus de comprometimento do lábio desde uma espécie de cicatriz nos casos mais simples, uma abertura parcial ou total de toda espessura do lábio. Pode ser ainda de um lado só ou dos dois lados. Sempre acompanha uma deformidade da asa nasal de maior ou menor intensidade. Fissura palatina é uma fenda, abertura, no palato (céu da boca). Pode ser somente uma separação da úvula (campainha), uma fenda que separe o palato mole ou que atinja também o palato duro. Essa abertura comunica a boca com o nariz.

 

As consequências da fissura labiopalatal na vida de uma criança vão além da estética. Podem causar problemas auditivos, infecções crônicas, má nutrição, má formação da dentição e dificuldades no desenvolvimento da fala. Frequentemente observa-se o abandono escolar e a baixa da autoestima, ocasionando também problemas psicológicos.

 

Por mês, são atendidas cerca de 200 pacientes. A maioria das crianças chega logo nos primeiros dias de vida. O número de cirurgias para correção do problema chega a 25 procedimentos por mês. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 650 crianças nasce com fissura labiopalatina no Brasil. Entre as principais causas da má formação estão o uso de álcool, cigarros, realização de Raio-X na região abdominal, deficiência nutricional, estresse emocional, hereditariedade, dentre outras.

 

 

23.10.2015

 

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