HGF melhora qualidade de vida de pacientes com artrites

18 de fevereiro de 2016 - 19:57

O Hospital Geral de Fortaleza (HGF), da rede pública do Governo do Estado, é referência em tratamento de doenças reumatológicas autoimunes, com destaque para a artrite reumatóide, enfermidade inflamatória crônica, progressiva e debilitante que afeta 1% da população. A doença ataca as articulações, popularmente conhecidas como juntas, e não tem cura, mas pode ser controlada. Um dos tratamentos disponibilizados pelo HGF é a terapia com medicamentos imunobiológicos que aliviam as dores e melhoram a qualidade de vida dos pacientes.  

Os imunobiológicos são medicamentos capazes de diminuir a atividade inflamatória e precisam ser administrados através da veia. Por isso, são aplicados no Centro de Infusão do HGF, onde são atendidos atualmente 900 pacientes por mês com diversas enfermidades reumáticas. Uma das pacientes é a costureira Maria de Lurdes Leite de Carvalho, 67 anos. Ela convive com a artrite reumatóide há quarenta anos. “Estava grávida do meu último filho quando comecei a sentir as dores nas mãos”, lembra. Ela conta que, aos poucos, foi deixando de trabalhar porque não aguentava sequer segurar uma agulha. Com o tempo, as articulações foram inchando cada vez mais e a doença provocou deformidades. Os joelhos também foram comprometidos e precisaram de cirurgia.

Após um período sem andar, Lurdes hoje leva uma vida normal. Há dez anos ela trata a artrite reumatóide no HGF. Foi uma das primeiras pacientes a se submeter ao tratamento com imunobiológicos no Centro de Infusão do hospital. Das dores, ela diz estar livre. “Se estou viva hoje é por conta desse tratamento. A vista do que era antes, posso dizer que estou salva. Nunca tive plano de saúde, mas tenho tudo que preciso neste hospital, pelo SUS. Os médicos são muito atenciosos e dedicados. Nunca faltou medicamento, exame, nada”, declara.

Outra paciente que recebe o tratamento com imunobiológicos é a enfermeira Lidiana Mendes Lacerda, 29 anos. Ela foi diagnosticada com artrite reumatóide aos 15 anos. Lidiana é atendida há seis anos no HGF e diz que sua vida mudou completamente após o tratamento. “Tive uma adolescência difícil. Não conseguia levantar da cama. Precisava de ajuda até para tomar banho, para comer. Parei de estudar por conta dessa doença. As articulações de todo o corpo doíam. Passei um tempo fazendo tratamento que não surtia efeito. As dores não iam embora. Só em 2010, quando comecei o tratamento com os imunobiológicos, pude voltar a viver normalmente. Hoje tenho qualidade de vida”, afirma. Atualmente, o tratamento de Lidiana consiste em uma infusão do medicamento a cada dois meses.

A dona de casa Maria de Fátima Medeiros Borges, 63 anos, também relata uma grande melhora das dores provocadas pela artrite reumatóide. “Esse tratamento nos dá esperança. Faço todas as minhas atividades normalmente, inclusive hidroginástica. Procuro me cuidar porque é muito bom viver”.      

 
Indicações

O chefe do serviço de Reumatologia do HGF, Walber Pinto Vieira, explica que os medicamentos imunobiológicos não são mais ou menos eficientes que as drogas tradicionais usadas em artrite reumatóide, que seguem como primeira opção de tratamento. “Os imunobiológicos são excelentes alternativas para os pacientes que não responderam ao tratamento convencional”, diz. De acordo com ele, os imunobiológicos também são utilizados para tratamento de outras doenças reumatológicas, como a espondiloartrite.

Independentemente da terapia a ser adotada, porém, a regra mais importante a ser seguida é a busca do diagnóstico precoce. “As chances de responder melhor ao tratamento, inclusive o tradicional, são muito maiores no início. Dores nas articulações, principalmente pela manhã e com melhora ao longo do dia, inflamação e inchaço nas juntas, vermelhidão e calor nessas áreas são sintomas que merecem atenção e uma consulta ao reumatologista”, indica.

Centro de Infusão   

O Centro de Infusão do HGF funciona diariamente e é modelo no Sistema Único de Saúde (SUS). Realizou 10.343 aplicações de imunobiológicos em pacientes com doenças reumatológicas em 2015. No local, o paciente é atendido por uma equipe formada por médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem. Possui 14 poltronas, posto de enfermagem, desfibrilador, oxigênio em todas as poltronas e toda a aparelhagem necessária para o caso de alguma reação. A maior demanda do Centro é de pacientes da reumatologia, mas também são atendidos pacientes da clínica médica, oncologia, hematologia, neurologia, nefrologia e gastroenterologia.

Foto: Assessoria de Comunicação do HGF

18.02.2016

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