Só ações integradas vencem o mosquito, afirmam especialistas

2 de junho de 2016 - 19:49

Além das fortes dores nas articulações e de febre alta, comuns na fase inicial da chikungunya, os infectologistas também alertam sobre os sintomas crônicos e que podem permanecer até dois anos após a confirmação da infecção. Entre eles, artrite e outras inflamações reumáticas que impossibilitam atividades simples, como cozinhar, dirigir, pentear os cabelos. “É uma doença debilitante na saúde e na vida social dos cidadãos”, ressalta a diretora do Hospital São José, a infectologista Tânia Mara Coelho. A médica lembra ainda que os sintomas podem se apresentar de forma ainda mais grave em pessoas com mais de 65 anos, pacientes reumáticos, recém-nascidos e crianças de até dois anos de idades e em gestantes. O tratamento é feito com hidratação, repouso e medicamentos com orientação médica.

No Hospital São José, a maioria dos sete mil atendimentos feitos na emergência no último mês de maio foi a pacientes com sintomas de chikungunya. “O uso de repelentes e de roupas compridas é sempre recomendado, mas a principal ação é o combate ao Aedes aegypti, principalmente dentro de casa, com ações efetivas e contínuas”, disse a infectologista durante o XXXII Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. A médica reforçou que são fundamentais as medidas conjuntas de autoridades municipais, estaduais e federais e ressaltou a importância da participação popular na eliminação dos focos do mosquito.

Além da diretora do Hospital São José, também discutiram prevenção e tratamento da chikungunya e de outras infecções transmitidas pela picada do Aedes aegypti, como a dengue e a zika, o Coordenador de promoção à Saúde da Sesa, Márcio Garcia, e o Coordenador da Sala Estadual de Prevenção e Combate ao Mosquito, Moacir Tavares. Todos ressaltaram a necessidade das parcerias entre vários órgãos e, principalmente da população como agente de mobilização contra o mosquito. “O Aedes aegypti não é municipal, estadual ou federal. É um problema de todos nós cidadãos e vamos combater dentro e fora das nossas casas”, disse Moacir Tavares.

Resultados do envolvimento geral no combate ao Aedes aegypti

Segundo o Coordenador de Promoção à Saúde da Sesa, Márcio Garcia, a Secretaria da Saúde do Estado intensificou as ações de aquisição e distribuição de equipamentos e insumos para o controle do vetor e, consequentemente das doenças transmitidas pelo mosquito. O coordenador disse ainda que esse incremento das medidas de controle, a mobilização social e a parceria entre Estado e municípios já apresentam resultados positivos nessa batalha contra o Aedes aegypti.

Alguns resultados das atividades conjuntas de combate ao mosquito já podem ser vistos em vários municípios cearenses. Em Jaguaribe, por exemplo, a prefeitura com apoio do Governo do Estado desenvolve ações multidisciplinares nas escolas da cidade. “Além de agentes de saúde, professores, alunos e pais são multiplicadores de ações de identificação e enfrentamento ao Aedes aegypti”, diz o prefeito de Jaguaribe, José Abner, que participa do Congresso do Conasems.

Em Pedra Branca, a 280 quilômetros de Fortaleza, as intervenções integradas de controle também garantem a queda sistemática dos índices de infestação do mosquito. Desde 2014, esse índice é menor que 1% no município. Sensibilização, parceria e esforços contínuos garantem o fim de dengue, zika e chikungunya”, reforça a secretária de saúde de Pedra Branca, Ana Paula Albuquerque.

02.06.2016

Assessoria de Comunicação do Hospital São José
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