Dia da Mulher é celebrado no Dragão com abertura de exposição e show gratuito, nesta quinta-feira (8)

7 de março de 2018 - 14:53 # # # #

Luciana Vasconcelos - Assessoria de Imprensa IDM

O ciclo programático “Bárbaras: Mulheres do Ceará”, que homenageia as mulheres durante todo o mês de março, celebra a data com a abertura de quatro minimostras e apresentações dos projetos Androginismo, do coletivo artístico As Travestidas, e Las Tropicanas, com Di Ferreiro, Lorena Nunes e Pepita York

 

Para homenagear as mulheres, o Dragão do Mar preparou uma super programação, durante todo o mês de março. Nesta quinta-feira (8), o centro de arte e cultura abre /Simultâneos/, exposição que traz quatro minimostras que abordam questões ligadas às mulheres, a partir das 19h, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará, e realiza o show Bárbaras Mulheres, com apresentações dos projetos Androginismo, do coletivo artístico As Travestidas, e Las Tropicanas, a partir das 20h, no Anfiteatro Sérgio Motta.

As programações são gratuitas, sendo necessária a retirada de ingressos para o show, duas horas antes, na bilheteria do Dragão do Mar. Os ingressos são limitados à capacidade do local. Será permitida a retirada de apenas dois bilhetes por pessoa, mediante apresentação de documento de identificação com foto.

/SIMULTÂNEOS/

No dia 08 de março, a partir das 19h, o Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC|CE) abre /Simultâneos/, bloco composto por quatro pequenas mostras que trazem trabalhos produzidos por mulheres ou que fazem referência a questões ligadas ao feminino.

O maranhense Thiago Martins de Melo apresenta um conjunto poético que convida o público a discutir o colonialismo por meio da metanarrativa. Com o filme de animação “Barbara Balaclava” (2016), o artista apresenta a trajetória de uma mártir anônima, desde a desapropriação e massacre de sua aldeia e sua morte sob tortura policial, até sua experiência como “encantada”, encontrando a si mesma em encarnação anterior e culminando em seu batismo no coração de Pindorama. Bárbara balaclava é uma narrativa anarco-xamanista de transcendência da luta anticolonialista.

/Simultâneos/ traz ainda “Montar uma Ruína”, de Lis Paim. A artista visual baiana radicada em Fortaleza exibe, pela primeira vez, seu arquivo audiovisual constituído a partir da edificação em ruína do Alagoas Iate Clube – o Alagoinha, um antigo clube modernista localizado dentro do mar da orla de Ponta Verde, na cidade de Maceió (AL).

Alvo de peculiares ocupações transitórias e de ameaças constantes de desaparecimento desde o momento da sua desapropriação e abandono pelos vários governos em Alagoas, a imagem do Alagoinha na paisagem urbana é a de um apêndice; uma aresta consentida e mal aparada de Maceió: um lugar de limbo.

Em outra sala, o MAC|CE apresenta “Telma Saraiva – Artífice da Imagem”. A mostra aproxima dois pequenos núcleos de fotografias, um na dimensão do doméstico, que retrata a sua filha Edilma Saraiva em diferentes fases, e outro composto por um conjunto de fragmentos de álbuns de família da cidade de Várzea Alegre/CE, a partir de um conjunto de imagens produzidas pelo Foto Saraiva, pela artista Telma Saraiva, que evidencia a sofisticação de pensar, executar e reinventar a fotografia na metade do século passado, no Cariri cearense (Crato/CE), ao inovar, à época, com o uso da fotopintura, detalhamento de fotografias a partir de pintura com tintas, técnica que a projetou nacionalmente.

Sala Experimental

Na Sala Experimental, a curadora Carolina Vieira elege algumas obras do Acervo MAC e da Pinacoteca do Estado do Ceará e apresenta um recorte que tem a proposta de envolver principalmente mulheres, mas não necessariamente falar do feminino. Há trabalhos que apresentam, de alguma maneira, a energia feminina ao exibir imagens que remetem às noções de trama, memória, conexão e rede de apoio. O trabalho manual aparece em obras que envolvem tapeçaria, desenhos, instalação e pinturas.

A sala apresenta duas obras bastante significativas: uma imagem de Nossa Senhora com seu manto coberto de carrapichos, do artista Euzébio Zloccowick, e uma gravura de Nossa Senhora dos Escribas, de Francisco de Almeida. Elas são o ponto de partida para pensar a organização das demais obras.

De um lado, uma parede com obras totalmente brancas, com molduras brancas, montadas num fundo branco, e, do lado oposto, uma parede tomada por uma tapeçaria caoticamente colorida. Essas duas paredes são compostas por trabalhos de três artistas mulheres – Heloísa Juaçaba, Guiomar Marinho e Laura Vinci -, quase como uma intenção de criar um campo de força, com linhas invisíveis, que atravessam toda a sala.

/ Simultâneos / segue em cartaz até 29 de abril. O acesso é gratuito. Visitação até 13 de maio de 2018, de terça a sexta-feira, das 9h às 19h (com acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (com acesso até as 20h30).

O ciclo Bárbaras: mulheres do Ceará

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, efeméride comemorada no dia 08 de março, o Dragão do Mar preparou o ciclo “Bárbaras: mulheres do Ceará, que ofertará ao público, ao longo do mês, atrações em linguagens diversas, a maioria delas gratuita. A programação destaca figuras femininas que marcaram a história do Ceará e continuam a ser referência na cultura, nos movimentos sociais, na política e nas artes. Bárbara de Alencar, Maria Luíza Fontenele, Rachel de Queiroz, Maria da Penha, Preta Simoa, Cacique Pequena, Violeta Arraes e Amelinha são homenageadas com grandes painéis que ocuparão espaços do centro cultural, identidade visual criada pelas ilustradoras Nadiuska e Priscila Furtado (Uinverso).

Serviço: Programação “Bárbaras: Mulheres do Ceará”

Abertura das exposições /Simultâneos/: 19h, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará. Acesso gratuito.

Show Bárbaras Mulheres: 20h, no Anfiteatro. Acesso gratuito com retirada de acesso na bilheteria, no dia, duas horas antes da abertura, com retirada de até dois ingressos por pessoa (mediante apresentação de RG).

A programação completa pode ser conferida no site www.dragaodomar.org.br.