Conselho de Igualdade Racial apresenta metas para 2019

26 de abril de 2019 - 15:22 # # # #

SPS - Assessoria de Comunicação

Fortalecer a luta contra o preconceito racial a partir da compreensão das potencialidades e do reconhecimento das raízes históricas de cada povo é um princípio básico do Conselho Estadual de Promoção à Igualdade Racial (Coepir), colegiado vinculado à Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos. Representantes do colegiado – que congrega afroindígenas, negros, quilombolas, ciganos e povos de terreiro – reuniram-se, na tarde de quinta-feira (25), para alinhar as mudanças no regimento interno e apontar as metas, projetos e desafios da nova diretoria, a ser eleita em maio próximo.

Entre as prioridades acordadas pelo grupo, destaca a presidente do Coepir e coordenadora estadual de igualdade racial, Zelma Madeira, estão a consolidação do Plano Estadual de Promoção da Igualdade Racial a ser avaliado e, posteriormente, enviado para aprovação pela Assembleia Legislativa; e a celebração do convênio “Sabores e Saberes”, com o Governo Federal, para capacitação técnica de mulheres na culinária típica cearense.

Campanha

Outras metas para este ano, acrescenta, são a realização de uma ampla campanha de combate ao racismo estrutural e institucional, e a capacitação de agentes públicos, sobretudo nas áreas da educação, saúde e segurança pública. “A prioridade do Coepir é diminuir as desigualdades sociorraciais no Estado e no País, e enfrentarmos o racismo como uma questão estrutural”, defende Zelma Madeira.

Ela lembra que mais de 60% dos desempregados no País são negros e negras e que isso tem como causa maior o racismo. “Para lutarmos contra o preconceito racial, que é hoje um preconceito silenciado, precisamos entender o nosso passado histórico, compreender o racismo, para que possamos avançar no presente”, alerta Zelma Madeira.

Reunião

Na reunião, foram apresentadas as alterações regimentais e administrativas no Estatuto do Coepir e o edital nº 01/2019 Seprir/MMFDH, que destina recursos às comunidades para ações de fortalecimento do Sistema Nacional de Promoção da igualdade Racial. As inscrições para apresentação de projetos estão abertas até 12 de julho próximo.

Na oportunidade, a representante dos quilombolas no Coepir, Cristina Quilombola, apresentou um estudo com o mapeamento geográfico e social das 86 comunidades quilombolas existentes no Ceará. O documento, com 686 páginas, foi elaborado com apoio do Governo do Estado. Um novo mapeamento deve ser feito, agora, com as comunidades ciganas no Estado.

Criado em 2016, o Coepir é um colegiado biparpite, formado por 13 representantes do Estado e 13 da sociedade civil. A eleição e a posse do novo presidente estão previstas para maio próximo.