Audiência Pública discute ações para tornar o Ceará livre de Aftosa sem vacinação

29 de outubro de 2019 - 13:51 # # # #

Ascom Adagri

Na próxima quarta-feira (30), a Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri) participará de audiência pública na Comissão de Agropecuária da Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE). O evento discutirá “Febre Aftosa, Desafios e Avanços no Estado do Ceará”, a partir das 14h30, no Complexo de Comissões Técnicas Permanentes da Assembleia.

Segundo o diretor de Sanidade Animal da Adagri, Amorim Sobreira, é fundamental a participação de todos os produtores e criadores de bovinos, ovinos, caprinos, além de presidentes de Associações no debate. “Nesse dia vamos discutir os avanços e os desafios em relação à Febre Aftosa. No passado essa doença assolou muito o rebanho nacional, mas hoje está controlada e agora caminhamos para que o Ceará seja considerado área livre de aftosa sem vacinação”, destacou o diretor.

Em 2018 todo o território nacional foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de aftosa com vacinação, com exceção de Santa Catarina, que já é considerada uma área livre sem vacinação. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em parceria com as Agências de Defesa Agropecuária dos estados, querem estender a condição para todos os estados, por meio do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa).

“A retirada da vacinação é uma etapa muito importante porque vai exigir de todos, tanto do corpo técnico como dos produtores, atitudes para que possamos controlar cada vez mais a sanidade do rebanho cearense. Por isso é importante a participação de todos os envolvidos nessa audiência para avançarmos cada vez mais no aspecto sanitário do Ceará”, finalizou Amorim Sobreira.

Sobre o Pnefa

O Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa1 (Pnefa) tem como objetivo principal “criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e gerando o máximo de benefícios aos atores envolvidos e à sociedade brasileira”.

Foi delineado para ser executado em um período de 10 anos, iniciando em 2017 e encerrando em 2026. Está alinhado com o Código Sanitário para os Animais Terrestres, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e com as diretrizes do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), convergindo com os esforços para a erradicação da doença na América do Sul.

Um dos seus objetivos é a substituição gradual da vacinação contra a febre aftosa, em todo o território brasileiro, que implica na adoção de diversas ações a serem desenvolvidas em âmbito municipal, estadual e nacional, com o envolvimento do Serviço Veterinário Oficial (SVO), setor privado, produtores rurais e agentes políticos.