Laboratório de Inovação do Governo do Ceará coopera com Pacto Colaborativo pela Não Violência à Mulher

10 de março de 2021 - 14:25 # # # # # # # #

Amélia Gomes - Ascom Íris

O evento on-line reuniu nesta terça (9/3), representantes de instituições públicas e privadas para debater soluções de proteção à mulher em torno do Pacto Colaborativo pela Não Violência à Mulher. Na oportunidade, foi apresentada a pesquisa científica “Panorama do crime de feminicídio cadastrado no Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE) – Comarca de Fortaleza (2018 – 2019)” e o software “Proteção na Medida”, desenvolvido pelo (TJCE). O encontro teve a realização do Grupo Mulheres do Brasil e a colaboração do Íris | Laboratório de Inovação e Dados do Governo do Ceará.

Para a vice-governadora do Ceará, Izolda Cela, a união entre as instituições contribui na expansão de políticas de violência contra a mulher. “Nenhum governo consegue resolver grandes problemas sozinho. Quando a gente tem esse protagonismo da sociedade, temos nossas chances renovadas e fortalecidas para trabalhar mais e trazer a mudança de cultura para a sociedade”, destaca.

O professor e cientista-chefe da Transformação Digital do Governo do Ceará, José Antônio Macêdo, destaca que “ter uma pesquisa é importante para o início do pacto. Ela é um primeiro passo da extração de dados com foco na tomada de decisões de nossas ações, que devem ser cada vez mais efetivas no combate à violência contra a mulher”.

Também participaram do encontro, a primeira-dama do Estado, Onélia Santana; a presidente do Grupo Mulheres Brasil, Luiza Helena Trajano; a líder do Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Fortaleza, Annete Reeves; a ativista Maria da Penha; e a presidente do TJCE, Maria Nailde Pinheiro.

Panorama do crime de feminicídio

A pesquisa “Panorama do crime de feminicídio cadastrado no Tribunal de Justiça do Estado do Ceará” analisa mais de 13 mil páginas de processos judiciais entre os anos de 2018 e 2019, cadastrados no portal do TJCE.

Entre os dados demonstrados durante o evento, 63,41% dos agressores não ultrapassam a meia-idade e 70,73% das vítimas tem idade maior que 31 anos. Em 95,12% dos casos analisados houve perícia e 97,56% dos crimes apresentaram testemunhas presenciais ou que ouviram falar do ocorrido.

Na oportunidade, também foi apresentado o software “Proteção na Medida”, em fase de implementação no TJCE, que tem a proposta de agregar informações, instituições e serviços voltados à proteção da mulher em situação de violência doméstica e familiar.