Desafios, avanços e potencialidades: a Saúde do Ceará diante da pandemia

5 de agosto de 2021 - 15:41 # # # # # # # # #

Suzana Mont'Alverne - Ascom Sesa
Diego Sombra/Ascom HSJ, Ascom/ESP e Ascom/Sesa - Fotos

Neste 5 de agosto, Dia Nacional da Saúde, a Sesa faz um balanço dos projetos, ações e conceitos adotados pela atual gestão

A pandemia de Covid-19 impôs desafios para as mais diversas áreas. Para a Saúde, no entanto, que ainda está na linha de frente contra um vírus que continua preocupando o mundo, o contexto pandêmico trouxe mais reveses. Em um cenário repleto de adversidades, em que estratégias precisaram ser adotadas em um curto período de tempo para conter o avanço da doença, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) precisou traçar um planejamento que mantivesse a humanização no atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) sem escantear o incentivo e a valorização de profissionais.

A celeridade dos processos só foi possível devido à implementação da Plataforma de Modernização da Saúde, projeto da Sesa que aglutina acesso à saúde, transparência, inovação e valorização de trabalhadores da área e pacientes, os quatro pilares da pasta.

“A gestão da Saúde no Ceará tem como principal objetivo a melhoria dos serviços de saúde para os usuários, universalizando o acesso. Para isso, forçamos uma quebra nos paradigmas da administração, criando um ambiente sustentável de modernização para garantir um salto de qualidade perceptível ao público. Nossa meta estratégica é virar referência em saúde pública. E não seria possível iniciar a pavimentação desse caminho sem transparência, inovação e valorização das pessoas envolvidas nesse processo”, explica o secretário da Saúde do Ceará, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho (Dr. Cabeto).

Neste 5 de agosto, Dia Nacional da Saúde, a Sesa faz um balanço dos projetos, ações e conceitos adotados pela atual gestão — alguns deles antes mesmo da pandemia.

Transparência

Um dos princípios mais exigidos pela governança da Sesa é o compartilhamento de informações relevantes para a sociedade, gestores e imprensa. Para isso, a gestão tem trabalhado em ferramentas com dados diversos e públicos, como o IntegraSUS e o Saúde Digital.

Ativo há dois anos, o IntegraSUS possui 117 painéis, que estão atualmente divididos em duas categorias: transparência e suporte interno. O espaço apresenta indicadores sobre a Covid-19, dados hospitalares, saúde da mulher, criança, além de informações jurídicas e administrativas.

IntegraSUS reúne 117 painéis com dados hospitalares, informações jurídicas e administrativas, por exemplo; cidadão tem amplo acesso aos conteúdos

A Sesa possui, ainda, a plataforma Saúde Digital. O espaço foi criado para ser um catálogo de serviços e, com a chegada da pandemia, tornou-se fundamental para o plano de imunização no Ceará, abrigando o Cadastro Estadual de Vacinação, fundamental para o desempenho da aplicação das doses contra a Covid-19 na população.

Outra ferramenta que tem sido aliada dos cidadãos no monitoramento do processo de vacinação no Estado é o Vacinômetro, que apresenta, além do quantitativo de pessoas vacinadas, dados referentes a lotes de imunizantes, distribuição e aplicação de vacinas por municípios e por grupos populacionais.

Regionalização e valorização de pessoas

Um marco recente da Sesa foi a criação da Fundação Regional de Saúde (Funsaúde Ceará), firmando o comprometimento com a melhoria e integralidade da saúde pública cearense. A Funsaúde gerenciará os serviços assistenciais de forma regionalizada, no âmbito do SUS, a partir de concurso com mais de seis mil vagas para áreas assistenciais e administrativas.

Dentro da premissa da regionalização, a Saúde Ceará criou o programa Cuidar Melhor, no qual se estabelece um pacto de cooperação entre Estado, municípios e sociedade na implementação de estratégias e políticas para a redução da mortalidade infantil, da mortalidade por Acidente Vascular Cerebral e por Infarto Agudo do Miocárdio, e da Mortalidade por Acidentes de Trânsito envolvendo Motocicletas.

As estratégias regionais também são fortalecidas com a implantação do hub Viva@Ceará, por meio de Distritos de Inovação que estabelecem um novo modelo de edificação de cidade com foco no crescimento econômico e na melhoria da renda e dos indicadores sociais, na diminuição da desigualdade social, na produção de tecnologias e na reordenação urbana. Além de Fortaleza, integram o projeto os municípios de Eusébio e Quixeramobim.

Acesso à saúde

Os atendimentos presenciais nos equipamentos da Sesa também tiveram de passar por restrições e reformulações devido à pandemia. Portanto, o serviço de Telemedicina ganhou mais espaço. O Plantão Coronavírus, por exemplo, está disponível nos sites institucionais da Sesa, do Governo do Ceará e no aplicativo Ceará APP para dúvidas sobre doenças e atendimento aos usuários (que já eram atendidos nas unidades) por meio do teleconsulta.

Termocicladores foram adquiridos pela Sesa para acelerar exames de Covid-19 no Estado

Inédita no País, a adaptação de um equipamento já existente para transformá-lo em um espaço de assistência e acolhimento aos pacientes que necessitam de reabilitação pós-Covid foi uma das estratégias do estado cearense. Com a Casa de Cuidados do Ceará, 130 leitos e equipe multidisciplinar foram disponibilizados para auxiliar na desospitalização de acometidos pelo coronavírus. Pacientes com outros diagnósticos, como Acidente Vascular Cerebral (AVC), também estão sendo atendidos na estrutura.

A ampliação da testagem para a Covid-19 pela pasta foi outro investimento do Estado de enfrentamento à doença. O Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen), em março de 2020, realizava apenas cem exames diários. Com a aquisição de novos equipamentos, a capacidade para análises saltou para três mil exames por dia.

Inovação

Desenvolvido por cearenses, capacete Elmo auxilia na recuperação de pacientes, evitando intubação

Novidade desenvolvida por cearenses, o capacete Elmo tem sido um forte aliado na assistência aos pacientes não só do Estado, mas de todo o País. O equipamento oferece oxigênio de forma menos invasiva e é indicado para o tratamento de quem está com quadro clínico leve e moderado de Covid-19. O dispositivo também auxilia casos que começam a evoluir para gravidade, de modo a evitar a intubação do paciente. Testes estão sendo realizados para utilizar o capacete em outros diagnósticos.