Secretária da Igualdade Racial participa de palestra sobre educação inclusiva com o ministro Sílvio Almeida
11 de novembro de 2023 - 12:59 #acordo de cooperação #direitos humanos #Diversidade e Inclusão #palestras #UFC
Ascom Secretaria de Igualdade Racial - Texto
Ribamar Neto/UFC - Foto
A titular da Secretaria da Igualdade Racial (Seir), Zelma Madeira, participou da palestra ”Incluir para educar, educar para incluir”, com o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, e o ativista social Preto Zezé, na Universidade Federal do Ceará (UFC), no Centro de Ciências, no Campus do Pici. O evento fez parte da programação do Encontros Universitários da UFC. O diálogo foi mediado pelo reitor da UFC, prof. Custódio Almeida.
O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, abordou diversas temáticas, entre elas, sobre política de direitos humanos, direito e acesso à educação pública, e destacou a importância da memória para os avanços sociais. “É preciso memória até para melhor compreender o que foi o período de escravidão e a ditadura militar. É necessário disputar o espaço da memória. A memória não é uma coisa que está colocada e simplesmente não se fala mais nisso. A memória é disputa permanente de reconstrução do sermos, que faz com o que a nossa vida valha a pena. Quando a gente lembra de todos aqueles que tombaram para que a gente possa estar aqui hoje, de todos que sofreram para que nós pudéssemos vir para a universidade pública fazer um evento como esse”, disse.
Em seguida, a secretária Zelma Madeira falou do peso e importância dos processos educacionais, em especial o ensino superior, para a população negra e povos e comunidades tradicionais como umas das formas de política promover uma equidade racial, principalmente por meio da política afirmativa por meio da lei de cotas. “ A política de ação afirmativa na modalidade cotas raciais é bem-sucedida, porque impactou, mexeu com o perfil dos discentes. Ela incentivou os estados a sancionarem leis de igual teor. No estado do Ceará nós temos a lei 16.197/2017, lei de cotas nas três universidades estaduais: Uece, UVA e Urca. E ela potencializou a autoestima nossa, negros e negras e povos e comunidades tradicionais”, ressaltou a secretária.
O debate seguiu com a participação do ativista social Preto Zezé, que falou sobre a importância de conectar a universidade com a periferia, para haver a troca de conhecimento e experiência, de reconhecerem os saberes dos territórios como produtores de soluções para o Brasil. O doutorando em História, João do Cumbo, do quilombo do Cumbe, de Aracati, também participou do debate e falou sobre ser o primeiro quilombola a ingressar no mestrado na UFC.
Acordo de Cooperação
Na ocasião, foi assinado um acordo de cooperação técnica entre a UFC e a Secretaria da Igualdade Racial (SEIR) do Ceará para desenvolver ações conjuntas destinadas à promoção do letramento racial e do combate ao racismo, voltadas a servidores da Universidade e da rede pública de educação do Estado.
O reitor Custódio Almeida anunciou também a criação do programa estratégico de Equidade, Diversidade e Inclusão (EDI) na UFC. A medida tem foco no “fomento de políticas, práticas e sistemas inovadores que assegurem uma cultura organizacional inclusiva e equitativa, promovendo a diversidade e a igualdade no meio ambiente de trabalho” da Instituição. Além disso, o reitor falou sobre a assinatura de uma portaria de retomada da Comissão de Direitos Humanos da UFC, com nova composição.