Com tratativas sobre novo edital para cozinhas, Comitê do Ceará Sem Fome se reúne para balanço de 2024

11 de dezembro de 2024 - 09:33 # # # #

Aline Freires - Ascom Gabinete da Primeira-dama - texto
George Braga/ Gabinete da Primeira-dama e José Wagner/Vice-Governadoria - fotos

O momento ocorreu nesta terça-feira (10), no Palácio da Abolição, com as presenças da vice-governadora Jade Romero, e da primeira-dama e presidente do Comitê, Lia de Freitas

A última reunião do Comitê Intersetorial de Governança do Programa Ceará Sem Fome foi realizada nesta terça-feira (10), no Palácio da Abolição, sede do Governo do Ceará, em Fortaleza. Com a presença de mais de 20 secretarias estaduais e membros da sociedade civil, o momento foi conduzido pela vice-governadora do Estado, Jade Romero, e pela primeira-dama e presidente do Comitê, Lia de Freitas. Um dos principais pontos foram as apresentações do balanço das ações estruturantes de cada pasta em 2024, além das aprovações de quatro resoluções do programa.

O encontro entre gestores envolvidos na causa do Ceará Sem Fome ocorreu na data em que marca o Dia Internacional dos Direitos Humanos. “É um governo que olha para as pessoas mais vulneráveis desse estado, com determinação do governador Elmano e da primeira-dama Lia de Freitas. O Ceará Sem Fome tem dado, a milhares de pessoas, a dignidade de ter um prato de comida. E é a partir do prato de comida que vem todo o resto: vem a oportunidade para a qualificação profissional, para o empreendedorismo, entre outros. Portanto, parabéns mais uma vez”, destacou a vice-governadora, Jade Romero.

Com investimento de mais de R$ 300 milhões em 2024, o Ceará Sem Fome chega ao seu segundo ano de existência com 1.300 cozinhas em funcionamento nos 184 municípios e com 125 mil refeições diárias. “Foi um longo balanço sobre as ações deste programa nos 184 municípios do nosso estado. Ações estas que vêm trazendo dignidade, direito ao alimento a milhares de cearenses, nossos irmãos e nossas irmãs, que ainda necessitam de apoio aqui no Ceará. Tivemos aqui a escuta de todos e a participação da sociedade civil, que está inteiramente engajada e também compartilhando da alegria desses resultados. É a partir dessa escuta que temos uma avaliação para 2025 e que avançaremos dando o passo certo no combate à fome no estado”, reforçou Lia de Freitas.

A primeira-dama também comentou sobre o novo edital para a seleção das Unidades Gerenciadoras que administrarão as cozinhas Ceará Sem Fome. “Teremos um novo edital para 2025, em que teremos, em breve, o lançamento junto à SDA para termos novas entidades para gerenciar 1.300 cozinhas no estado, nos 184 municípios. Traremos, nesse edital, toda a experiência de um ano de Ceará Sem Fome, com ajustes necessários para mantermos a qualidade desses alimentos e garantir a segurança alimentar dos cearenses”, revelou.

Também neste ano, o cartão Ceará Sem Fome foi de 43 para 53 mil famílias, com mais de 160 milhões circulando na economia dos municípios cearenses, por meio de 3.298 estabelecimentos credenciados. O secretário da Infância, Família e Combate à Fome da Secretaria da Proteção Social (SPS), Caio Cavalcanti, comentou como o programa, aliado a outras iniciativas, tem impactado na redução da insegurança alimentar no estado. “Foi uma reunião que eu sai ainda mais orgulhoso por fazer parte dessa iniciativa, porque estamos alcançando resultados incríveis. A pobreza no Ceará tem reduzido, os indicadores já mostram isso, e o Ceará Sem Fome é um dos responsáveis. Eu digo que é um dos fatores determinantes, articulado a outros programas e outras iniciativas, que nós temos, tanto em âmbito federal quanto estadual”, disse.

Aprovação de resoluções

Além do balanço de ações concretas, também foram aprovadas as Resoluções de Nº 004/2024, 005/2024, 006/2024 e 007/2024. A primeira (004/2024) instituiu o Grupo de Trabalho Ceará Sem Fome +Qualificação e Renda com membros da Casa Civil, das secretarias do Trabalho (SET), da Proteção Social (SPS), da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), do Desenvolvimento Agrário (SDA) e da Cultura do Ceará (Secult) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE). O objetivo é que os envolvidos realizem levantamentos do mercado de trabalho e vocações das regiões e seus respectivos lotes de atuação, além de estruturar os cursos de qualificação que serão promovidos, bem como monitorar a situação do beneficiário no mercado de trabalho ou no empreendedorismo.

O secretário do Trabalho, Vladyson Viana, aproveitou para comentar sobre o eixo +Qualificação e Renda do programa, que já formou 4.178 beneficiários em 238 turmas.

“A renda é fundamental para garantir a autonomia financeira desses beneficiados e tirar essa condição de insegurança alimentar. Só através da renda nós vamos conseguir superar a fome. Então, é por isso que é articulado com várias secretarias, instituições privadas, empresas, outros órgãos de outras esferas, que nós fizemos uma coordenação e um conjunto de ações de qualificação profissional, seja para o mercado de trabalho formal, seja para o empreendedorismo. Essas parcerias que são ofertadas para todos os beneficiados e para os seus núcleos familiares estendidos serão uma oportunidade para gerar renda e trabalho”, disse.

As demais resoluções tratam da Comissão de Estudos e Avaliação de Indicadores do Programa Ceará Sem Fome (Nº 005/2024); da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Programa (Nº 006/2024), que visa realizar ações, encontros, estudos e soluções para os resíduos gerados pelo programa, como o caso dos isopores das quentinhas; e da atualização cadastral das Cozinhas Ceará Sem Fome e de seus beneficiários na Plataforma do Programa Ceará Sem Fome (Nº 007/2024).

Fortalecimento da agricultura familiar

Outro ponto importante foi o investimento na agricultura familiar com o Programa Ceará Sem Fome. Até novembro de 2024, foram 1.337.000 kg de alimentos adquiridos. O secretário do Desenvolvimento Agrário, Moisés Braz, pasta que executa a Rede de Unidades Sociais Produtoras de Refeições, comentou sobre o objetivo da pasta. “O foco é trabalhar a pequena propriedade, a agricultura familiar para que esse trabalhador, tendo uma terra, tendo um conhecimento por meio da pesquisa, tendo uma água e uma energia sustentável, possa buscar investimento, produzir e comercializar os seus produtos”, comentou sobre o papel importante da secretaria.

Dentro desse período, o Ceará Sem Fome adquiriu, por meio das Unidades Gerenciadoras das Cozinhas Ceará Sem Fome, um total de R$ 11,7 milhões em produtos da agricultura familiar. Tudo foi destinado às 1.300 cozinhas espalhadas pelo território cearense.