Operação interinstitucional: garantia de dignidade para brasileiros repatriados
7 de julho de 2025 - 16:27 #Brasileiros repatriados #Operação interinstitucional
Gabriela Vieira - Ascom Sedih - Texto
Divulgação - Fotos
95 pessoas chegaram a Fortaleza na última sexta-feira (4)
A Secretaria dos Direitos Humanos do Ceará (Sedih) participou de operação de acolhimento a brasileiros repatriados dos Estados Unidos na última sexta-feira (4). Desde fevereiro, os voos têm chegado a Fortaleza quinzenalmente, gerando uma mobilização coordenada pelo Governo Federal e executada em parceria com o Governo do Ceará para garantir a recepção humanizada.
Nesta, que foi a 11ª operação, 95 pessoas chegaram ao Ceará, tendo 89 delas passado pela operação de acolhida: 79 deles homens e 10 mulheres. Os outros seis brasileiros que chegaram no voo tinham restrições com a Justiça brasileira e foram encaminhados pela Polícia Federal.
A Sedih atua diretamente na operação, viabilizando a distribuição de kits de higiene, alimentação e água, além de contribuir com a triagem dos passageiros e com o atendimento psicossocial. A chegada dos repatriados na capital cearense foi priorizada devido à existência do PAAHM no Aeroporto de Fortaleza, além da redução do tempo de restrição física dos brasileiros.
Esta operação segue o novo fluxo de repatriados em território nacional, no qual os repatriados recebem apoio para acolhimento e deslocamento para suas residências por meio terrestre a partir da capital cearense.
“O Governo tem trabalhado para garantir que essas pessoas retornem para casa sem violação de direitos humanos. Foi montado a princípio uma ação emergencial, envolvendo diversos ministérios, e agora estruturamos uma operação que permite que a gente faça um trabalho mais calmo, levando essas pessoas com outro espaço”, explicou Paulo Victor Pereira, gerente de Projeto da Secretaria-Executiva do MDHC.
Em âmbito estadual, além da Sedih a operação contou ainda com o apoio da Secretaria da Proteção Social (SPS), da Secretaria da Saúde (Sesa), da Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS) de Fortaleza, da Ceasa-CE e da Cagece.
“Estamos todos juntos nessa logística para garantir a dignidade. Nosso objetivo é proporcionar todo o suporte necessário no primeiro momento de chegada ao Brasil, com atendimentos diversos, inclusive de saúde, para que esse brasileiro que nos chega se sinta verdadeiramente acolhido”, afirmou a supervisora do Programa Estadual de Atenção ao Migrante, Refugiado e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, Jamina Teles.
A ação envolve diversos ministérios, como os dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Saúde (MS), Relações Exteriores (MRE), Justiça e Segurança Pública (MJSP), Desenvolvimento e Assistência Social (MDS). Em âmbito federal, participam ainda a Polícia Federal, a Defensoria Pública da União (DPU) e o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). A operação conta também com apoio da Agência da ONU para Migrações (OIM), responsável por grande parte da logística na etapa atual, e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).