Cearense está entre os brasileiros repatriados dos Estados Unidos em nova operação humanitária realizada nesta sexta-feira (18)
18 de julho de 2025 - 16:49 #Brasileiros repatriados #estados unidos #operação humanitária
Gabriela Vieira - Ascom Sedih - Texto e Foto
Nesta sexta-feira (18), a Secretaria dos Direitos Humanos do Ceará (Sedih) participou da 12ª operação de acolhimento a brasileiros repatriados dos Estados Unidos. A ação humanitária, coordenada pelo Governo Federal com apoio direto do Governo do Ceará, recebeu 26 pessoas no Aeroporto Internacional de Fortaleza.
Entre os repatriados, está um cearense, que foi acolhido pelas instituições envolvidas. Do total de pessoas encaminhadas ao Brasil pelo governo norte-americano no voo desta semana, estavam 21 homens e cinco mulheres, dentre eles uma criança.
O cearense José Nilson, de 26 anos, celebrou a recepção tranquila na volta pra casa, sinalizando que o acolhimento promoveu segurança na chegada. “Sou aqui de Fortaleza, trabalhava com delivery. Eu queria fazer um curso de inglês e juntar dinheiro, ter uma casa para mim e para minha mãe. Agora vou me organizar, me planejar, quem sabe estudar. Acredito que as portas vão se abrir para mim aqui”, afirmou José.
“É um trabalho que envolve muitas mãos, mas que tem como centro a dignidade humana. Nosso papel é garantir que cada pessoa que chega se sinta segura e tenha o mínimo necessário para retomar sua trajetória com dignidade”, destacou a secretária dos Direitos Humanos do Ceará, Socorro França.
Desde fevereiro, os voos com brasileiros repatriados têm chegado quinzenalmente à capital cearense, onde acontecem operações que contam com uma estrutura organizada para oferecer acolhimento humanizado. O Ceará foi escolhido como porta de entrada devido à presença do Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante (PAAHM) e pela localização estratégica para reduzir o tempo de detenção dessas pessoas em território nacional.
Atuação interinstitucional
No formato atual da operação, os brasileiros são recepcionados no Aeroporto de Fortaleza, de onde seguem aos seus destinos finais por conta própria ou são encaminhados para um hotel, onde são recebidos por uma estrutura de acolhimento, além de contarem com apoio para deslocamento para suas residências por meio terrestre.
A Sedih atua diretamente na recepção, com a entrega de kits de higiene, água, alimentação e acolhimento psicossocial, além de suporte com a triagem de passageiros. No contexto estadual, a operação contou também com apoio da Secretaria da Proteção Social (SPS), da Secretaria da Saúde (Sesa), da Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), da Ceasa-CE e da Cagece.
A mobilização reúne esforços de diversos ministérios, como os dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Saúde (MS), Relações Exteriores (MRE), Justiça e Segurança Pública (MJSP) e Desenvolvimento e Assistência Social (MDS). A operação também conta com o apoio da Polícia Federal, Defensoria Pública da União (DPU), Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), e da Agência da ONU para Migrações (OIM).