Vacina BCG protege contra tuberculose e reduz mortalidade infantil

1 de julho de 2021 - 14:02 # # # # # # # #

Suzana Mont'Alverne - Ascom Sesa - Texto
Saulo Cruz - Arte Gráfica

Manter a caderneta de vacinação em dia é responsabilidade de todos, independentemente da faixa etária. Isso porque, além da proteção individual, as vacinas diminuem a circulação de doenças e incidências na comunidade. No caso das crianças, os imunizantes são fundamentais para a produção de anticorpos contra bactérias transmissoras de doenças graves. A BCG (Bacilo de Calmette e Guérin), por exemplo, reduz significativamente a mortalidade infantil, protegendo contra a tuberculose, doença contagiosa que atinge, principalmente, os pulmões.

A vacina faz parte do calendário básico de vacinação, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), e deve ser administrada o mais precocemente possível, de preferência nas primeiras 12 horas de nascimento.”Quanto mais cedo for iniciada a vacinação na infância, menor será a chance de adoecimento em crianças pequenas, uma vez que estas são as mais suscetíveis”, explica a orientadora da célula de Imunização da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Kelvia Maria Oliveira Borges. “A vacina é eficaz na proteção da tuberculose nas suas formas mais graves, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar”, complementa.

A proteção, em dose única, pode ser administrada em crianças de até quatro anos, 11 meses e 29 dias. O imunizante é também indicado para contatos intradomiciliares de pacientes com hanseníase.

Vacine-se

O Ministério da Saúde alertou que a cobertura vacinal da BCG apresentou redução entre 2018 e 2020. “O início da pandemia da Covid-19 no ano de 2020, principalmente, acarretou na baixa adesão à vacinação”, ressalta Borges.

Quanto mais pessoas deixarem de se vacinar, afirma a orientadora, maior a chance da circulação de vírus. “A vacinação é uma estratégia primordial para reduzir a ocorrência das doenças imunopreveníveis e consiste em uma ferramenta com boa relação de custo e efetividade nas ações em saúde pública. Alcança um efeito protetor de ‘imunidade de rebanho’, no qual algumas pessoas são indiretamente protegidas pela vacinação de outras”, pontua.