Documentário “Rio de Vozes” estreia no Cinema do Dragão a partir de quinta-feira (17)

15 de fevereiro de 2022 - 15:31 # # # # # #

Luciana Vasconcelos - Ascom Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura - Texto
Pandora Filmes e Netflix - Fotos

Depois de ser exibido no Cine Ceará 2021, documentário “Rio de Vozes” estreia no Cinema do Dragão 

O Cinema do Dragão, equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará) que integra o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar, inicia mais uma cine-semana nesta quinta-feira (17), trazendo a estreia de ‘Rio de Vozes’, longa de Andrea Santana e Jean-Pierre Duret que faz um registro etnográfico dos modos de vida das comunidades ribeirinhas do Rio São Francisco, dando voz às suas histórias de luta pela preservação ambiental e manutenção da ancestralidade, com destaque para as vozes femininas. ‘Mães Paralelas’, de Pedro Almodóvar, ‘Fortaleza Hotel’, de Armando Praça, e ‘Benedetta’, de Paul Verhoeven, continuam em cartaz. Os ingressos custam R$ 8 (meia) e R$ 16 (inteira) e podem ser adquiridos na bilheteria física do Cinema e no site Ingresso.Com (www.ingresso.com/cinema/cinema-do-dragao).

O acesso às sessões do Cinema do Dragão permanece condicionado à apresentação de passaporte sanitário e documento de identificação, além do uso de máscara, cuidados alinhados aos protocolos de biossegurança orientados pelo Governo do Ceará, por meio do decreto estadual em vigência.

Estreia presencial

“Rio de Vozes” é fruto do trabalho colaborativo entre a arquiteta e urbanista de formação cearense Andrea Santana e o engenheiro de som francês Jean-Pierre Duret, parceria que já soma sete documentários de longa-metragens com foco na cultura nordestina, com prêmios e participações em festivais internacionais, como a Mostra de Veneza, o Cinéma du Réel e o True or False Festival (USA). A produção, que ganha os cinemas do Brasil na quinta-feira (17), percorre o Rio São Francisco ouvindo as múltiplas vozes e captando a energia dos corpos para dar protagonismo aos ribeirinhos que, através da preservação da sua memória e do orgulho da sua cultura mantêm o desejo de continuar vivendo no rio e do rio.

Durante quatro meses, antes da pandemia, a equipe percorreu um trecho de aproximadamente 500 km de extensão do rio, entre Belém do São Francisco (PE) e Barra (BA). Fonte de subsistência para quem vive nas terras semiáridas do sertão, o rio vem passando pela exploração predatória, ameaça que se estende aos saberes, hábitos e às crenças dos povos que o circundam.

Apresentado por Santa Luzia Filmes e Pandora Filmes, o documentário de 93 minutos conta com fotografia de Tiago Santana e Jean-Pierre Duret, montagem de Jordana Berg e Laure Gardette, música de Benjamin Taubkin, som de Jean-Pierre Duret e Edson Secco e produção executiva de Gel Santana e Bernard Attal. Foi exibido em festivais como o Ibero-Americano de Cinéma, o 14º Atlantidoc – Festival International de Cine Documental Del Uruguay e o 30° CineCeará, onde ganhou o prêmio “Sustentabilidade”.