Dia Mundial da Obesidade: HRN promove acompanhamento nutricional de pacientes obesos com comorbidades

4 de março de 2022 - 16:01 # # # # #

Teresa Fernandes - Ascom HRN

A gerente de Nutrição do HRN, Patrícia Narguis Grun, explica que, a partir dos aspectos clínicos, as doenças de base e as comorbidades, é realizada uma triagem nutricional no momento da admissão do paciente

Nesta sexta-feira, 4 de março, comemora-se o Dia Mundial da Obesidade, condição associada diretamente ao risco de doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, dislipidemias (gorduras no sangue) e ao surgimento de alguns tipos de câncer. Atento a estas questões, o Hospital Regional Norte (HRN), vinculado à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e administrado pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), realiza o acompanhamento nutricional de todos os pacientes assistidos pela unidade.

Logo na admissão do usuário, é realizada uma avaliação individual. “A partir dos aspectos clínicos, as doenças de base e as comorbidades, como hipertensão e diabetes, é realizada uma triagem nutricional”, explica a gerente de Nutrição do HRN, Patrícia Narguis Grun. De acordo com a profissional, também é feita uma antropometria, com a medição das dimensões físicas como peso e altura, a partir da qual é traçado um diagnóstico.

“Avaliamos se a condição de saúde do paciente pode comprometer o seu estado nutricional e fazemos um planejamento do cardápio com a inclusão de suplementação alimentar, se necessário”, completa Grun. Para fechar o diagnóstico, os nutricionistas também dialogam com a equipe multiprofissional.

Os cardápios promovem uma reeducação alimentar com inclusão de frutas e verduras, redução de gordura saturada, controle de ingestão de sal e açúcar, além de incremento na ingestão de proteínas e gorduras saudáveis. “Cada paciente tem o seu cardápio planejado e calculado para a sua necessidade”, explica a nutricionista.

Obesidade

Em geral, a causa da internação do paciente no HRN não é a obesidade, mas as doenças associadas. “É uma doença que anda de mãos dadas com a diabetes, a hipertensão, a dislipidemia. É um estado inflamatório”, explica Patrícia Grun.

Em geral, os pacientes que têm comorbidades recebem orientações para seguir a dieta em casa. “Na alta hospitalar, eles são orientados verbalmente pelos nutricionistas e por escrito sobre como deve ser a alimentação para o controle das comorbidades e da obesidade ou da patologia de base pela qual o paciente foi admitido”, explica a nutricionista do HRN, Katharyna Brandão.


Paciente do HRN, a aposentada Maria Helena Dias afirma que tenta levar os ensinamentos da dieta para seu dia a dia no retorno para casa

Hipertensa, diabética e com obesidade grau 1, a aposentada Maria Helena Dias, 71, já se acostumou à comida com pouco sal e pouco açúcar. A paciente está em sua terceira cirurgia no HRN em virtude de complicações da diabetes. “A comida aqui é ótima, de três em três horas, sem gordura”, relata. Maria Helena afirma que tenta levar os ensinamentos da dieta para seu dia a dia no retorno para casa. “Como pouco, sem exageros. O que eu posso comer igual meus filhos preparam, mas, às vezes, na casa da gente não tem tudo o que tem aqui”, diz.

Cardápios

O refeitório do HRN também contempla opções saudáveis para os colaboradores e acompanhantes. No cardápio, são oferecidas saladas, verduras e frutas, garantindo qualidade e menor volume de calorias. Diariamente, são servidos dois tipos de salada: uma crua e outra cozida com ingredientes como acelga, alface, cenoura ralada, macaxeira e batata doce. Também há três opções proteicas, uma das quais grelhada ou assada, outra cozida e uma terceira como um prato. Todos os temperos são naturais e produzidos pela equipe da cozinha do hospital.

Patrícia Narguis Grun explica que a alimentação influencia diretamente no bem-estar dos pacientes. “A qualidade nutricional atua na funcionalidade fisiológica e na saúde mental”, garante. “Temos um olhar de segurança dos alimentos, mas também buscamos o sabor e a apresentação dos pratos”, ressalta.