Sefaz participa de visita ao Iprede e articula acordo para ajudar no combate à fome
4 de maio de 2022 - 15:47 #ação solidária #campanha de combate à fome #combate à fome #gestão fiscal #iprede #SEFAZ #Sua nota tem valor
Raquel Mourão - Ascom Sefaz - Texto e Fotos
A titular da Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz-CE), Fernanda Pacobahyba, participou, nesta terça-feira (3), de reunião para discutir com representantes de federações do setor produtivo propostas de apoio ao projeto Prato Cheio, iniciativa do Instituto da Primeira Infância (Iprede) que distribui alimentos para comunidades vulneráveis. O encontro, que contou com a presença do vice-prefeito de Fortaleza, Élcio Batista, ocorreu na sede do Iprede.
Antes de iniciar a reunião, o presidente do Instituto e médico pediatra, Sulivan Mota, mostrou para os visitantes as instalações da entidade, que é referência internacional na primeira infância. Acompanhado da diretora da instituição, Joana Clemente, Mota disse que a organização social atende, por meio de uma equipe multidisciplinar, 1.350 crianças por mês e fornece cinco mil refeições diárias para 13 comunidades carentes.
O médico falou sobre o agravamento da fome e a necessidade de os setores público, privado e associações sem fins lucrativos se unirem para enfrentar o problema. “Eu nunca pensei em reviver um período de tanta fome como nós estamos tendo hoje, de pessoas disputando alimentos estragados no lixo. Em um almoço aqui no Iprede, com a presença da secretária Fernanda Pacobahyba, nós discutimos isso e ela pensou em fazer uma reunião com os três setores. A ideia foi maravilhosa. Há a necessidade da gente dar as mãos, Governo, segundo setor – empresas, indústria e comércio -, e o terceiro setor, filantrópico, para combater a fome”.
Segundo Mota, diante do cenário atual de insegurança alimentar, é preciso aumentar o fornecimento de refeições para os mais vulneráveis. “Dentro do que nós temos levantado, nós passamos a ser representativos na diminuição da fome se a gente multiplicar por seis, chegando a trinta mil refeições por mês. O que não é difícil, desde que a gente se fortaleça em parceria entre os três setores”.
A secretária Fernanda Pacobahyba ressaltou a importância do esforço coletivo para reduzir a problemática. “Esse encontro com as federações teve o objetivo de conseguir viabilizar formas de ajudar o Iprede, que tem um trabalho social reconhecido pela sociedade cearense, de muita seriedade. É um terceiro setor que realmente dignifica e a gente tem um problema a enfrentar muito grave, que é o problema da fome. O próximo passo será a celebração de um acordo, de um protocolo de intenções, para que a gente dê mais fortaleza nessa iniciativa”.
O vice-prefeito Élcio Batista também comentou sobre a parceria entre a iniciativa pública e privada. “É importante para que a gente apoie e desenvolva uma política pública. A política é pública, não é estatal. Todo serviço que a gente viu aqui do Iprede é público. Não tem nada aqui privado, é tudo público, e não tem nada estatal. E tem financiamento do Governo do Estado, da Prefeitura Municipal de Fortaleza, do Governo Federal, do setor privado e de doações particulares. O público significa que é um atendimento que é prestado para a sociedade, independentemente de quem presta. O espírito aqui é de união em torno do bem, de um benefício para a sociedade”.
Os representantes do setor produtivo se dispuseram a contribuir com o projeto. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, propôs a criação de uma horta orgânica na sede da instituição, como forma de garantir autossuficiência na produção das refeições que são distribuídas.
Já o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante, prometeu ajudar o Iprede a obter o selo ESG, sigla em inglês para “environmental, social and governance” (ambiental, social e governança, em tradução livre). Segundo ele, a certificação é muito valorizada atualmente no mundo dos negócios, podendo ser um ativo importante para a instituição. Ele também disse que a Fiec pode patrocinar equipamentos para a desidratação de frutas, com a finalidade de evitar o desperdício de insumos e facilitar o armazenamento.
O presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Nordeste (Fetranslog), Marcelo Maranhão, também se ofereceu a colaborar com a logística no transporte de alimentos que são doados por uma rede de supermercados.
Participou também do encontro o orientador da Célula de Relacionamento com a Sociedade da Sefaz, Márcio Morais, que gerencia o programa Sua Nota Tem Valor, do Governo do Estado, que tem beneficiado 426 instituições, entre elas, o Iprede.