Conheça histórias de cães e de seus treinadores policiais militares

27 de junho de 2022 - 10:09 # # # # #

Ascom SSPDS

Um parceiro diferenciado, com quatro patas e um focinho super apurado. Uma dupla de anjos destinada a defender os cidadãos do Ceará. No dia 26 de junho, comemora-se os 46 anos do Policiamento com Cães do Comando de Policiamento de Choque (CPChoque), da Polícia Militar do Ceará (PMCE). Em homenagem aos policiais militares da companhia e seus “cãopanheiros”, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS/CE) apresenta histórias inspiradoras e especiais da unidade.

Cabo Lima e Valentim

Em 2018, o policial militar conhecido como cabo Lima, lotado no CPCães, estava sofrendo o luto de um “cãopanheiro” de missões. É com essa importante informação que iniciamos a história de uma dupla composta de muito amor e força.

Antes, vamos falar de outro personagem, o Valentim. O cão, nascido em 2018, é um pastor-suíço-branco. Ele era criado por uma família em Fortaleza, e ainda quando filhote, foi demonstrando agressividade, além de um tamanho desproporcional para o seu lar. A primeira família de Valentim conheceu um policial militar da CPCães, que se dispôs a adestrar o cachorro. Porém, o animal não se acostumou com o lar e a sua família tentou a possibilidade de ele ser adotado pela PMCE.

Com apenas sete meses de nascido, ele foi encaminhado à Companhia do CPCães, demonstrando muitas habilidades eficazes para a missão, determinando o seu compromisso nobre de vida. É aí que entra o cabo Lima. Como dito antes, ele estava em seu momento de luto, sem um “cãopanheiro” para coadjuvar no trabalho. Foi então que Valentim foi apresentado ao PM. À época, como a adoção não estava programada, foi decidido que o cão ficaria alguns dias na casa do profissional de segurança.

Durante esse tempo em seu novo lar, Valentim foi adestrado durante todo o período que estava com o seu novo parceiro, criando um laço de amor e amizade incondicional. O policial militar expressa como é seu amor pelo grande amigo. “Ele é uma coisa fenomenal, tenho muito respeito e amizade. Um amor que me faltam as palavras, um laço que é feito de amor inexplicável entre um homem e um cão. Hoje, ele é um guarda super obediente que demonstra os treinamentos que nunca acabam”, cita o policial. Atualmente, Valentim está com quatro anos de idade e mora no canil da Companhia junto com outros cachorros da PMCE. O PM de quatro patas é muito bem cuidado e disciplinado.

Sargento Nascimento e Eddie

O cão da raça pastor-belga-malinois, chamado de Eddie, com apenas cinco anos de idade, já soma em seu currículo mais de 40 apreensões de drogas – uma delas a mais importante, uma tonelada de cocaína que estava enterrada nem uma fazenda no interior do estado. O 3° sargento Nascimento, lotado da CPCães da PMCE desde 2017, é cursado em cinotécnica e especialista em detecção de substâncias desde 2018. O policial tirou como missão adestrar o seu parceiro de policiamento Eddie, treinando-o desde o nascimento.

Nomeado como Eddie pelo seu próprio parceiro, em homenagem ao mascote da banda de heavy metal internacional, Iron Maiden, a qual o sargento é fã, o cachorro se tornou uma supermáquina de detecção de substâncias como explosivos e entorpecentes. O seu focinho tem uma ultra-habilidade de farejar substâncias tóxicas de longas distâncias.

O 3° sargento Nascimento afirma que é uma satisfação de vida trabalhar com o seu grande parceiro. “Todos que me conhecem, tanto na corporação como na vida particular, sabem da satisfação e alegria de trabalhar com o Eddie, numa das melhores unidades K9 polícia do Brasil, sendo que este mês estamos em festa, comemorando os 46 anos de fundação desta importante ferramenta no combate à violência chamada CPCães”, comenta o policial militar da companhia.

Sargento Morais e os cães Braddock, Lucky Dólar e Samurai

Grande inspiração para os seus colegas de trabalho, o treinador de cães e policial militar, sargento Morais, há 12 anos iniciou a sua trajetória na CPCães da PMCE, onde se via no privilégio de realizar o seu grande sonho de infância. “Há muito tempo, eu já tinha vontade de entrar nessa Companhia, só que eu não tinha oportunidade. Sempre admirei o trabalho dos policiais com os cães, era um sonho, porém eu não tinha o curso de cinotecnia”, revelou o sargento Morais.

Com muita dedicação, o policial conseguiu se formar no curso de cinotecnia, sendo a capacitação fundamental para o treinamento de cães policiais. Com pouco tempo, o policial foi convocado para a CPCães. Em sua trajetória, ele treinou cerca de dez cachorros, porém foram apenas três deles que se tornaram grandes parceiros e amigos do policial – Braddock da raça rottweiler (2011 – 2017), Lucky Dólar da raça border collie (2017) e atualmente com Samurai da raça pastor-belga-malinois (2017).

Braddock foi o seu primeiro parceiro nas missões, “Treinei com muito amor e dedicação tanto na obediência, na guarda e para o show dog. Trabalhava em policiamento ostensivo (VTR) como em apresentações de colégios e eventos. Era o meu grande amigo, amei estar ao seu lado em todos os momentos”, explica o policial. Infelizmente, o seu primeiro “cãopanheiro” veio a falecer com cinco anos de idade.

Após o luto, o policial recebeu a grande missão de treinar uma dupla super animada, Lucky Dólar e Samurai, dois cães que seriam seus grandes parceiros de profissão. Após um treinamento dedicado, quando os dois cães tiveram um empenho exemplar, foi concluído que apenas Samurai tinha a qualificação para o “faro” e Lucky Dólar ficaria desempenhado com outras áreas de policiamento.

Hoje, Samurai e o sargento Morais são exemplo quando o assunto é detecção de explosivos e de drogas. “Fomos avaliados pelos instrutores e tivemos um bom resultado. Com amor, esforço e dedicação tivemos um grande avanço, trazendo êxito no serviço de policiamento ostensivo, tanto na área de patrulha (VTR) como no faro de detecção de substâncias. Hoje, trabalhamos lado a lado, inseparáveis em qualquer missão. Não importa qual seja, estamos juntos, lado a lado”, declara o sargento.