Em 2022, 979 pessoas desaparecidas foram localizadas em Fortaleza

12 de janeiro de 2023 - 09:19 # # # # #

Ascom SSPDS

O trabalho de investigação dos casos de pessoas desaparecidas, desenvolvido pela 12ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Ceará (PC-CE), resultou na localização, em 2022, de 979 pessoas que estavam desaparecidas em Fortaleza. O número, que corresponde a um aumento de 54,4%, se comparado com o ano de 2021 – quando localizaram 634 pessoas -, é resultado de um trabalho ininterrupto da PC-CE, bem como reflexo do aumento do efetivo para atuar neste tipo de ocorrência.

Registro rápido da ocorrência – inclusive por meio da Delegacia Eletrônica -, a ampliação do efetivo, reforço nos equipamentos tecnológicos e de viaturas, além do intercâmbio de conhecimento com outras delegacias especializadas em desaparecimento no Brasil. Esses são alguns dos fatores elencados pelo delegado Augusto Soares, titular da 12ª DH, como fatores para o aumento na localização de pessoas desaparecidas.

Entre as ferramentas utilizadas pelos policiais civis para a rápida localização, está o uso da tecnologia e de técnicas de investigação, bem como a ampla divulgação dos casos, a troca de informações entre as forças de segurança, os órgãos públicos, familiares e pessoas próximas àquelas vítimas que se encontram desaparecidas. “Imagens de câmeras de segurança dos locais onde as vítimas foram vistas pela última vez, características físicas, roupas usadas por elas, fotos recentes, todas essas informações implicarão na agilidade para localizá-las”, explicou Augusto Soares.

Perfil do desaparecido

Conforme os dados copilados pela especializada, das 979 pessoas localizadas, em 2022, apenas 5,8%, ou seja, 57 pessoas, foram encontradas sem vida. Ainda analisando o número total de pessoas localizadas, 714 são do sexo masculino. O número corresponde a 73% do total. Cabe destacar que dos 979 casos de localização de pessoas em 2022, 632 são de ocorrências de desaparecimentos no mesmo ano. Já 347 pessoas localizadas tiveram o registro de desaparecimento em anos anteriores.

Os dados estatísticos mostram que a maior parte das pessoas localizadas é composta de adultos com idade entre 30 e 59 anos. Eles são responsáveis pelo registro de 459 ocorrências, ou seja, 46% do total registrado. Pessoas com idade entre 18 e 29 anos, representam 27% – com 264 casos registrados. Já adolescentes com idades entre 12 e 17 anos, representam 13,6% dos casos, com 133 localizações.

Através do acompanhamento da especializada foi possível conhecer os dias e os horários que possuem maior incidência de desaparecimentos. Sábado é o dia que apresenta o maior número de registros. Foram contabilizados 177 casos, o que representa 18%. Em seguida, vem o domingo e a terça-feira, que registram 149 e 139 casos, 15% e 14%, respectivamente. O dia com menor registro desse tipo de ocorrência é a quinta-feira, com 121 registros, o que equivale a 12,3% dos casos. A maior parte dos desaparecimentos ocorre durante o dia, sendo a manhã – das 6 horas ao meio-dia – o horário de pico, com 305 registros, o que equivale a 31% dos casos.

A Polícia Civil explica que existem três tipos de desaparecimento: o voluntário – quando a pessoa se afasta por vontade própria e sem avisar. Isso pode acontecer por motivos diversos: desentendimentos, medo, aflição, choque de visões, planos de vida diferentes, dentre outras razões; o involuntário – quando a pessoa é afastada do cotidiano por um evento sobre o qual não tem controle, como, por exemplo, um acidente, um problema de saúde, um desastre natural e, por fim, o forçado – quando outras pessoas provocam o afastamento, sem a concordância da vítima.

No Ceará, o boletim de ocorrência pode ser registrado em qualquer unidade policial da Polícia Civil. Os casos registrados em Fortaleza ficam sob a responsabilidade da especializada. Já os casos registrados na Região Metropolitana da Capital e nos demais municípios do Estado ficam sob a responsabilidade das delegacias que atuam na circunscrição onde ocorreu o desaparecimento.

Assim como é importante o registro do desaparecimento, é fundamental que os casos de encontro de pessoas sejam reportados à Polícia. Esse fluxo de informações serve para fins de análise dos casos e formulação de uma política pública de prevenção ao desaparecimento de pessoas.

Canais de comunicação

A 12ª Delegacia do DHPP registra os casos de pessoas desaparecidas em Fortaleza e atualiza os perfis oficiais e verificados mantidos no Facebook e Instagram. Por lá, os policiais civis da delegacia atualizam periodicamente os casos investigados pela unidade, com foto e informações sobre a última vez em que a vítima foi vista por parentes e amigos. Diariamente, os perfis recebem mensagens com informações sobre o paradeiro dessas pessoas. As imagens com as fotos também costumam circular em diversas outras plataformas on-line, contribuindo para disseminar a informação e a imagem do desaparecido.

A Polícia Civil orienta a população que formalize os casos de pessoas desaparecidas de imediato, sem a necessidade de aguardar um prazo mínimo para a comunicação do desaparecimento. Para isso, o denunciante pode registrar um Boletim de Ocorrência na Delegacia Eletrônica, no campo Desaparecimento de Pessoa, fornecer o máximo de informações possíveis sobre o desaparecido e enviar uma fotografia recente.

A população também pode colaborar com o trabalho policial para o número (85) 3257-4807, o WhatsApp do DHPP, por onde podem ser enviadas fotos, áudios e vídeos. O contato também pode ser realizado pelas redes sociais, por meio do perfil @desaparecidosdhppce no Facebook e Instagram. Não é necessário se identificar. O sigilo e o anonimato da fonte é garantido.

Serviço:

12ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)
Endereço: Rua Juvenal de Carvalho, nº 1125, bairro de Fátima, Fortaleza/CE.
Telefone: (85) 3257-4807
E-mail