08 de Março: PC-CE destaca história de profissionais que ajudaram a construir o legado da Segurança Pública do Ceará

8 de março de 2022 - 11:02 # # # #

Ascom SSPDS

Força, leveza, determinação, resiliência e acessibilidade são alguns dos adjetivos que representam a importância da mulher na Segurança Pública do Estado. O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, é uma data oficializada pela Organização das Nações Unidas na década de 1970. Esse dia simboliza a luta histórica das mulheres para terem suas condições equiparadas às dos homens. Com essa temática, a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) conta a história de três profissionais que atuam na instituição e estão na linha de frente no combate à criminalidade. As policiais civis – delegadas, inspetoras e escrivães – , carregam dentro da bolsa, uma ferramenta fundamental, que as diferencia dos demais profissionais, a capacidade e a coragem de fazer e estar onde quiser.

E é com o desejo de estar onde sempre sonhou, que a delegada da PC-CE, Rosa Oliveira, atualmente lotada no 25° Distrito Policial, conta como iniciou sua carreira dentro da Polícia Judiciária. Com formação em Letras e em Direito, a delegada Rosa, que estudou seis anos para alcançar seu objetivo, relembra que sempre teve em mente que ela poderia, sim, ser uma profissional da área da segurança pública. “Eu gosto muito de Direito Penal, e eu tinha como objetivo de vida ser delegada, foram seis anos de estudos. Eu me sinto completa na minha vida pessoal e profissional, não me vejo fazendo outra coisa na minha vida”, relata.

Com passagens nas delegacias das regiões Norte e Sul do Estado, ela relembra trabalhos importantes em que ela esteve na linha de frente. “Com minha equipe, em um trabalho ininterrupto já desarticulamos grupos criminosos e retiramos de circulação em uma mesma operação mais de 15 membros de um determinado grupo criminoso, destaco esse feito, porque sei que puder trazer tranquilidade para a sociedade”, disse ela. Com dez anos de atuação como delegada, ela fala ainda como concilia a vida profissional com a pessoal. “Temos que ter a razoabilidade em todas as coisas, o ideal é organizar o nosso tempo, até porque a vida é composta pela social, familiar e profissional”, pontua.

Mulheres e suas multifacetas

Para a inspetora da PC-CE, atualmente lotada na Delegacia de Combate aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Deccot), Glaís de Paiva, que ingressou na Força de Segurança com 21 anos, o apoio dos colegas de trabalho que a acolheram, contribuiu muito para o crescimento profissional e pessoal. “Pude aprender a cultivar valores como integridade, honestidade e companheirismo”, conta. Com 28 anos de carreira, quando passou por nove delegacias diferentes, a inspetora relata que para desempenhar bem a função, teve que aprender a enxergar a verdade dos fatos com clareza e imparcialidade, para que seja realizado um trabalho de qualidade.

Com formação em Engenheira de Alimentos, especialização em Vigilância Sanitária e mestrado em Bioquímica, Glaís conta que para conciliar a vida pessoal do profissional não foi uma tarefa fácil, visto que ela sendo a âncora da família, teve que se desafiar a dupla jornada de ser policial, mãe e filha. “O maior desafio é a gente aprender a equilibrar os dois pólos: o da força, em que o profissional muitas vezes exige, com o da sensibilidade, uma característica da essência feminina, e que agrega positivamente a instituição. Por isso, o lugar de mulher é em todo o lugar, distribuindo sua força, coragem e sua sensibilidade. Eu tenho muito orgulho de ser mulher, ser policial e ter trilhado esse caminho”, relata.

Quem partilha da mesma experiência e também é lotada na Delegacia de Combate aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Deccot),é a escrivã, Rosiane Rocha. Com especialização Administração e Direito, com foco em gestão da Segurança Pública, ela ressalta com gratidão por ser policial mulher, “é muito gratificante e desafiador, é uma profissão que, por muito tempo, foi dominada por homens, mas a mulher mostrou sua força e sua capacidade de também atuar nas Forças de Segurança, hoje já somos muitas mulheres na Polícia. Nosso trabalho é desafiador , principalmente diante da violência, mas é uma missão que eu abraço com muito orgulho”, pontua.

Para Rosiane, que está na profissão há 10 anos, as dificuldades enfrentadas por ela serviram de aprendizado e de degraus para superar cada obstáculo, “muitas vezes nos deparamos com dificuldades, frustrações diante de tanta diversidade, e em algumas vezes nos sentimos impotentes diante de problemas que assolam nossa sociedade. Então é preciso nunca desanimar e sempre dar o nosso melhor”. Para ela, é uma honra fazer parte da PC-CE e servir a sociedade, “é muito gratificante saber que estou fazendo algo pelo meu próximo, que nós, mulheres, sejamos sempre fortes e perseverantes para seguir sempre e acreditando que somos capazes e que podemos conquistar ainda muito mais”, finalizou.

Lugar de mulher é onde ela quiser

Para as profissionais, exercer a profissão de servir e proteger a sociedade chega a ser imensurável, assim como ser reconhecida pelos serviços prestados, é impagável. A maioria das mulheres policiais acabam tendo uma jornada dupla, dando conta do trabalho e da casa, mas se orgulham de fazer parte da instituição, que visa proteger e cuidar da sociedade.