Alimentação indígena é tema de aulas com Tainá Marajoara na Escola de Gastronomia Social

18 de outubro de 2022 - 13:29 # # # # # #

Izakeline Ribeiro - Ascom Escola de Gastronomia Social - Texto
Divulgação - Foto

A formação é gratuita, on-line e aberta ao público

Valorizar os saberes dos povos originários através da culinária é um dos objetivos da Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco. O equipamento público da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), está com inscrições abertas para o módulo “Alimentação Indígena”, do curso “Cultura Alimentar”, com Tainá Marajoara. As aulas no formato on-line acontecerão nos dias 26 e 27 de outubro, às 17h, no Google Meet.

A formação é gratuita, aberta ao público e as inscrições podem ser feitas até 25 de outubro no site gastronomiasocial.org.br. Para participar, o único pré-requisito é ter disponibilidade de internet para acompanhar as aulas.

Segundo Vanessa Moreira, coordenadora de Cultura Alimentar, o módulo tratará da valorização dos saberes originários, que tentam sobreviver na sociedade capitalista e aos efeitos, sentidos até hoje, do colonialismo. Portanto, Tainá propõe uma gastronomia anticolonial. “A proposta é curar os males e abrir os caminhos para os encantados nos ajudarem a soprar o céu pra cima”, afirma a pesquisadora.

Perfil

Tainá Marajoara é indígena do povo originário Aruã Marajoara, do Pará. A pesquisadora é curadora, cozinheira, realizadora cultural e fundadora do Ponto de Cultura Alimentar Iacitatá. Além disso, é Liderança da Rede de Cultura Alimentar, diretora do projeto Cultura Alimentar Tradicional Amazônica (CATA), eleita conselheira nacional de cultura alimentar no âmbito do Ministério da Cultura, pesquisadora membro do Núcleo de Estudos em História Oral (NEHO) da Universidade de São Paulo e faz parte da Latin American Studies Association (LASA).

Em 2011, recebeu o prêmio Cátedra Libre Cayetano Redondo de Conocimientos Humanitários, na Venezuela. Foi contemplada com a comenda Paulo Frota de Direitos Humanos pela Assembleia Legislativa do Pará e com a comenda Amazônia, pela Câmara de Vereadores de Belém, em 2018. Em 2019, foi homenageada pelo Congresso Brasileiro de Agroecologia e Festival Internacional de Cinema de Agroecologia.

Tem o trabalho focado na preservação do patrimônio cultural alimentar da Amazônia paraense, cartografias de identificação e valorização de mestres de saberes alimentares tradicionais. Atua também na na elaboração e aprovação das leis Cultura Viva, Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural e Lei Paulo Gustavo.

Sobre a Escola

Equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), a Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco (EGSIDB) é gerida pelo Instituto Dragão do Mar (IDM) e faz parte do Cultura em Rede, programa da Secult Ceará que integra ações e políticas culturais na sua rede de equipamentos públicos. O centro de formação, inaugurado em 2018 no bairro Cais do Porto (Fortaleza), é um espaço formativo que associa ensino, pesquisa e compromisso social, reconhecendo a riqueza da forma de se alimentar do cearense, os diversos tipos de saberes, a cadeia de produção, promovendo a inovação de produtos, incentivando o empreendedorismo social, qualificando para o mercado de trabalho e contribuindo para o combate à fome, por meio de cursos gratuitos de longa e curta duração, que acontecem na sede da Escola e no interior do Ceará.

Serviço

Módulo “Alimentação Indígena” – on-line – dias 26 e 27/10, a partir das 17h.

Inscrições até 25/10 – no site gastronomiasocial.org.br

Mais informações: labgastronomiasocial@gmail.com | instagram: escolagastronomiasocial

Escola de Gastronomia Social Ivens Dia Branco: Rua Manuel Dias Branco, 80 – Cais do Porto