Com trajetória inspiradora, ministra do TST, Kátia Magalhães Arruda, recebe Medalha da Abolição

19 de maio de 2023 - 10:00

Larissa Falcão - Ascom Casa Civil - Texto
TST - Foto

Quatro personalidades de destaque serão homenageadas em solenidade nesta sexta-feira (19)

A cearense e ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Kátia Magalhães Arruda, será homenageada com a Medalha da Abolição 2023, nesta sexta-feira (19), em solenidade no Palácio da Abolição, em Fortaleza. A medalha é a mais importante honraria concedida pelo Governo do Estado em reconhecimento ao trabalho relevante de brasileiros para o Ceará e o Brasil.

A ministra fala da emoção de ser uma das quatro personalidades homenageadas neste ano. “Agradeço essa imensa honra que está sendo concedida a mim. Quero compartilhá-la com meus amigos, familiares e todas as pessoas que estiveram comigo na minha trajetória. Para mim, não é possível narrar essa honra, cala dentro do meu coração. Isso se deve à generosidade de todos que me acolhem quando volto ao Ceará e, sobretudo, ao povo cearense. Povo cheio de honras, de memórias, que não se esquece de lutar e ocupar todos os espaços. Povo forjado nos verdes mares bravios da nossa terra e que, sem dúvida, é essencial para que eu seja quem sou hoje”, destaca.

Kátia Magalhães Arruda nasceu em 1° de outubro de 1966, em Ipaumirim, no Centro-Sul do Ceará. É bacharel em Direito e mestre em Direito Constitucional pela Universidade Federal do Ceará, com doutorado em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão. Além disso, é uma atuante pesquisadora de temas relacionados à precarização do trabalho e eficácia dos direitos constitucionais trabalhistas e trabalho infantil. Também é autora e coautora de livros e diversos artigos publicados em periódicos nacionais e estrangeiros. A ministra é casada com Adriano Martins de Paiva e mãe de Gabriel e Lara.

“A verdade é que nossa vida é uma trajetória, um percurso. O caminho se faz ao andar. Ninguém se faz sozinho nem se realiza sozinho. É a partir da comunidade, das trocas, que nos fazemos como seres humanos”, completa.

Trajetória que inspira

A magistratura teve início na vida de Kátia Magalhães em 1990, quando foi aprovada em concurso público para atuar no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 16ª Região, no Maranhão. Na oportunidade, presidiu as Varas do Trabalho de Imperatriz e Caxias, e também as 1ª e 4ª Varas de São Luís. Em 2000, foi promovida a desembargadora do TRT 16ª Região, ocupando os cargos de corregedora, no período de 2003-2005, e de presidente, no biênio 2005-2007. Assumiu o cargo de ministra do Tribunal Superior do Trabalho em 27 de março de 2008.

“Sou o que sou a partir da minha trajetória que foi compartilhada e, sobretudo, trabalhada em cada espaço por meio dos temas em que eu me forjei, e pela luta que eu sempre travei pelo Estado Democrático de Direito, pela dignidade da pessoa humana e por uma vida melhor para todos e todas”, afirma.

A ministra também tem a educação e formação de novos profissionais como uma missão. Ao longo desses anos, tem sido professora de cursos de graduação e pós-graduação em Direito, além de participar de bancas examinadoras de concurso para magistratura e magistério superior.

Outro destaque dessa trajetória foi o período em que coordenou nacionalmente o Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem da Justiça do Trabalho. Atualmente, é coordenadora da Comissão Nacional da Rede de Pesquisa Judiciária e Ciência de Dados e coordenadora do projeto “Gente que Inspira”. O projeto é uma iniciativa do TST para valorizar a pluralidade cultural e a diversidade humana a partir de trajetórias, vivências e experiências de pessoas que contribuem para promover uma sociedade mais justa e inclusiva.

“Hoje, auxilio nos programas de equidade de gênero, antidiscriminação e de incentivo à participação de mulheres nos espaços de poder, no tempo e no nosso País”, conclui Kátia Magalhães.